Saiu no jornal “O Estado de São Paulo” reportagem que menciona relatórios internos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, onde revelam que o prejuízo de ambas empresas administradas pelo governo estadual aumentou no ano passado. A gestão Geraldo Alckmin credita o desempenho negativo, entre outros fatores, ao congelamento da tarifa em R$ 3 após os protestos de junho.
No caso da CPTM, o prejuízo de R$ 507,4 milhões foi 133% maior do que o de 2012 (R$ 217,2 milhões). Já o Metrô registrou perda de R$ 76,4 milhões, mais do que o dobro do ano passado (R$ 28,4 milhões).
Segundo ainda a reportagem, o relatório da CPTM revela que “a execução do orçamento do ano de 2013 foi prejudicada pela indefinição a respeito da aplicação do reajuste das tarifas do transporte”. O Metrô diz que a perda a problemas como “depreciação de bens, provisão para indenizações judiciais, receita e custo financeiro”.
No entanto, nas falas do Metrô e da CPTM, não houve piora na operação e na segurança da rede. O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, não concorda e diz que é preciso contratar para acabar com as horas extras. “As estações estão com um número extremamente reduzido de funcionários, colocando-os em risco. A empresa deve parar de gastar com coisas equivocadas, como reformas estéticas das estações.”
Só faltou o governo do estado mensurar a perda de dinheiro que o sistema tem com esquemas de corrupção, ou então pelos cartéis que são do conhecimento de todos. Por parte do governo estadual, vemos que ainda a sua principal métrica de sucesso, são os lucros por parte das empresa, e não o transporte eficiente das pessoas.
Professor da FGV defende consultoria por parte do governo do estado
Em entrevista a rádio CBN, o professor e pesquisador da FGV, Fernando Abrúcio disse que existe muita intransparência pelas empresas de transporte publico. Ele defende uma consultoria na CPTM e no Metrô da mesma forma com que esta sendo feita por parte da prefeitura de São Paulo.