O deslocamento feito por meio da bicicleta vem crescendo nas cidades Brasileiras, seja pela renda do Brasileiro afinal o único combustível que é usado para mover a bikje é o arroz e feijão, seja pelo trânsito travado nas metrópoles. Apesar da frase com um tom cômico no começo do texto, o assunto é sério já que segundo o IBGE, 40% daqueles que se utilizam das bikes como meio de transporte no Brasil, possuem renda familiar de até R$ 1.200.
Pensando nisto, uma petição online pede ao governo um IPI Zero para bicicleta. A rede Bicicleta para todos entregou em Brasília um documento abaixo-assinado com 80 mil assinaturas. Eles já tem audiências marcadas com 4 deputados, 2 senadores e o Ministério da Cidades.
Nosso país é o 3º maior produtor de bicicletas no mundo, perdendo apenas para a China e para a Índia. É o 5º maior consumidor de bicicletas no planeta, representando uma fatia de 4,4% do mercado internacional. Entretanto, quando observamos o consumo per capita de bicicletas, caímos para a 22ª colocação, o que significa um mercado emergente e um potencial de crescimento enorme.
Do ano de 2008 para cá temos visto, infelizmente, um encolhimento gradual da produção e do consumo de bicicletas no Brasil. Contrariando, inclusive, a tendência mundial que aponta que, de 1970 até 2007, a produção de bicicletas foi 2,6 vezes superior a de automóveis.
A isenção do IPI para bicicletas, partes e peças, portanto, é apenas uma das medidas urgentes para corrigir esta desigualdade socioeconômica que freia o desenvolvimento de uma cultura da bicicleta no Brasil.