Trólebus

EMTU reforma rede de trólebus, mas não expande a frota

No mês de março de 2014 uma nova linha de trólebus começou a operar no corredor ABD, a 487 – Terminal Sonia Maria x Shopping ABC. Mas o que era para ser comentada como uma noticia positiva de expansão do sistema trólebus, que sabemos de suas qualidades por não ser poluente, temos que relatar com ressalvas pois desde o final de 2009 foram autorizadas e contratadas obras de eletrificação do trecho em que não existia fiação para ônibus elétrico entre o Terminal Piraporinha e Terminal Jabaquara, além de obras de repotencialização da rede já existente no corredor para permitir a operação do mesmo com 100% de frota elétrica.

Foram gastos mais 48 milhões de reais com obras já concluídas em 2013, entretanto a frota operacional de ônibus elétricos não passa de 35% do montante de veículos operados pela Metra. Em 2013 foram comprados 30 super-articulados de 23 metros movidos a diesel ao invés de ampliar a frota de trólebus. 20 outros trólebus foram adquiridos, em contrapartida outros 24 foram baixados.

Eletrificacao Piraporinha - Jabaquara

Na esfera governamental em que o corredor é gerenciado pela EMTU, faltam definições para saber quem vai fazer a manutenção da rede aérea já que objeto desse tipo foi cancelado no passado. A Metra por sua vez faz a manutenção de forma mínima operando sobre regime de contrato emergencial e falta exigência da EMTU para cobrar a renovação da frota atual movida a diesel, por trólebus.

Repotencializacao (1)

A pergunta que fica no ar, o investimento feito foi para aumentar a frota de ônibus elétrico em circulação ou no estágio que se encontra, podemos considerar como desperdício de dinheiro publico, uma vez que 48 milhões de reais foram gastos para a frota de trólebus continuar praticamente no mesmo patamar anterior?

Questionada, tanto a EMTU quanto a Metra não responderam, conforme pergunta feira via twitter:
metra

Já o presidente EMTU, Joaquim Lopes afirmou a agência de notícias EFE, que a estrutura exigida pelos trólebus é uma “parafernália”. Na ocasião o presidente da empresa que gerencia as linhas de ônibus metropolitanas falava sobre a operação do ônibus a bateria, conhecido como e-bus: “Para a cidade de São Paulo, a inserção urbana deste tipo de tecnologia eliminará toda essa parafernália de cabos aéreos (do trólebus) e teremos uma paisagem mais limpa e bonita, sem poluição e com menor barulho”, afirmou Lopes à agência EFE.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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