Depois da grande confusão que tomou conta da Linha 3-Vermelha do Metrô nesta terça-feira (5), o Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes atribuiu o tumulto a ‘grupos organizados’.
Tudo começou quando uma composição apresentou problemas no sistema de portas, e precisou ser evacuada na estação Sé. Então, 7 outros trens tiveram seus dispositivos de emergência acionado, e os passageiros foram para a passarela de emergência, e em alguns casos até para os trilhos. Depois o tumulto se instalou com quebra-quebra e troca de agressões entre funcionário do Metrô e passageiros.
O secretário em entrevista ao jornal da globo, admitiu que houve uma falha na operação de uma das composições, mas condenou o uso do botão de emergência pelos passageiros. “O que foi inusitado é que essa falha gerou uma reação em cadeia de um vandalismo inusitado. Esse botão é acionado quando você tem uma pessoa doente, uma pessoa passando mal. Agora, [acionar] sete vezes em menos de 40 minutos em pontos distintos da Linha 3 é algo inusitado”, afirmou. “Grupos organizados gritavam palavras de ordem e incitavam a população a pular nas linhas, dizendo que iriam parar o metrô hoje”, completou. Do outro lado, usuários reclamam que faltou informações por parte do Metrô sobre a pane.
Realmente nada justifica o quebra-quebra. Mas, porque o secretário não fala nos atrasos de obras e contratos para melhoria na malha metroviária? O novo sistema de sinalização, o CBTC por exemplo que ajudaria em 20% no fluxo da linha 3 era para estar pronto em 2011 e até hoje não foi instalado. Já a extensão da Linha 2-Verde até a Dutra passando pela Penha, tem promessa de inicio das obras desde 2010. É muito cômodo para o secretário dar essa versão, como tentativa de abafar o real problema.
Veja este depoimento de um usuário sobre a pane de ontem, que esta sendo amplamente compartilhado no Facebook: