Em meio a notícia em que a EMTU juntamente com a prefeitura de Praia Grande resolveram alterar o projeto de VLT (veículo leve sobre trilhos) para corredor de ônibus, destacamos outras localidades que retomaram os bondes, como alternativa sustentável de transporte.
Em continente europeu, cidades como Bruxelas, Paris e Berlin ressuscitaram os seus “tramways” nos últimos dez anos, alem de outras cidades que mantiveram e modernizaram seus sistemas, como Varsóvia, Basileia, Zurique, Lisboa e Porto, ou das Américas, como São Francisco e Toronto.
Bruxelas:
O sistema de tram (como são chamados os VLT’s na Europa) é um dos dez maiores do mundo, que transportava cerca de 123,5 milhões de passageiros em 2012. Em 2013, o sistema é composto por 19 linhas. A partir de 2011, o comprimento total da rota do sistema de bonde alcançou 138,9 km, tornando-se uma das redes maiores da Europa.
Paris
A região francesa de Île -de-France , abrangendo a capital de Paris, atualmente possui sete linhas de bondes, e está planejando novos ramais . Das linhas existentes , cinco são operados pelo governo local, a RATP , que também opera o metrô de Paris e a maioria dos serviços de ônibus. Outra, a T4 é mantida pela operadora ferroviária nacional francesa SNCF. Três das linhas servem Paris.
Berlin
A rede de VLT de Berlin tem cerca de 190 km, é um dos sistemas mais extensos do mundo. O sistema se destaca pela sua rapidez, segurança , pontualidade e confiabilidade. Limpeza e conforto , acessibilidade e preocupação ecológica são a regra . Todos os anos, 1,3 milhões de viagens transportam 157 milhões de passageiros aos seus destinos. A cada 460 metros existe uma estação.
Não apenas nestas regiões, mas em países emergentes também projetam uso de bondes modernos para o sistema de transportes. Na China, existem pelo menos 15 projetos em estudo.
No Brasil
No Brasil, além da linha de VLT de Santos que fazia parte do projeto que ia para a Praia Grande, estão em obras o VLT de Cuiaba desde 2012, com previsão de entrega entre este ano e 2015. Alem destes, o Rio de Janeiro esta construindo uma rede cujo objetivo é integrar o centro da cidade, o Aeroporto Santos Dumont e a Barca Rio-Niterói à região portuária da cidade. A previsão é de que o sistema esteja em funcionamento até 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e deve retirar pelo menos 60% dos ônibus e 15% dos carros que circulam atualmente no centro da cidade.
Já em Brasilia, o VLT começou a ser construído e tem como objetivos desafogar o fluxo de veículos, e incrementar o sistema público de transporte. O sistemas será operado pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF). O Projeto completo tem como intuito ligar o Aeroporto de Brasília ao Terminal da Asa Norte, através da via W3, e também ligará todo Eixo Monumental. As obras começaram em 2009, mas a obra foi paralisada pela Justiça em setembro de 2010. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou que o contrato para construção do VLT fosse anulado, por suspeita de irregularidade na concorrência pública. Em 1º de março de 2013 o Governo de Distrito Federal publicou o edital de qualificação das empresas interessadas em assumir a construção do VLT, marcando a retomada do projeto.