Para quem tem dúvida sobre a proposta da tarifa zero defendida pelo Movimento Passe Livre (MPL), vale a pena participar de uma discussão que o movimento irá realizar sobre subsídio das tarifas com especialistas no tema.
O evento acontece nesta quinta-feira (27) chamado de “aula pública sobre Tarifa Zero”, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá.
Irão comandar as discussões, Paulo Arantes e Lúcio Gregori, este segundo que é engenheiro e ex-secretário de Transportes de São Paulo, durante a gestão de Luiza Erundina na prefeitura paulistana: “O transporte deveria ser gratuito porque as pessoas saem de casa para trabalhar, estudar, enfim, para movimentar a máquina que gera riqueza e faz com que as cidades possam ser mantidas.” – disse o ex-secretário em entrevista ao portal Mobilize.
Gregori foi o autor do primeiro projeto de tarifa zero em São Paulo, em 1990, que não foi implementado por falta de apoio da Câmara de Vereadores. Para ele a o projeto é viável quanto a da escola pública gratuita, da saúde pública gratuita, da segurança pública, da coleta de lixo e de uma série de serviços que são pagos pelas prefeituras, com nossos impostos. “O problema no Brasil é que o transporte público se tornou um negócio tão rentável e poderoso que é quase intocável”
Questionado pelo portal sobre quem paga a conta, Gregori diz quer em outros países, a maior parte é paga pelo poder público: “No Brasil, o subsídio é baixíssimo, cerca de 12%, quando em outros países chega a 70%. Daí que o transporte coletivo é caríssimo frente ao transporte individual e isso explica o uso tão intenso de carros e motos nas cidades brasileiras”.