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Enquanto 7 mil pessoas morrem por ano em SP devido à poluição, transporte público pode reduzir até 75% as emissões de gazes

5 de junho, data em que é celebrado o dia do meio ambiente, o Via Trolebus levanta a discussão já bem conhecida pelos nossos leitores. O uso do transporte público para privilegiar a qualidade do ar das cidades. A data foi estabelecida pela ONU – Organização das Nações Unidas em 1972 e marcou a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. O assunto é serio já que, de acordo com a Unifesp, atualmente pelo menos 7 mil pessoas na cidade morrem por ano em decorrência de complicações de doenças causadas pela poluição.

Falando sobre corredores de ônibus, um levantamento do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, de 2010, mostra que onde há faixas exclusivas para os coletivos, a redução de emissão de monóxidos de carbono e de hidrocarbonetos pode ser de 38%. A pesquisa levou em consideração todos os corredores da Capital Paulista. Outra conclusão é que quanto menos interferência o corredor de ônibus sofrer do trânsito, mais eficiente, do ponto de vista ecológico ele vai ser. Citamos o exemplo do Expresso Tiradentes, que liga o Centro de São Paulo ao Sacomã e Vila Prudente. A redução de poluentes neste corredor de ônibus foi de 74%. Um BRT operado com veículos articulados e biarticulados podem transportar entre 150 e 250 passageiros de uma só vez. Já este mesmo número transportados em carros, seria preciso de 75 a 125 veículos.

dia sem carro

Metrô alivia 75% da poluição de São Paulo

Já sobre transportes sobre trilhos, o Metrô de São Paulo com sua rede de 74 km poupa R$ 19,3 bilhões por ano, de acordo com o estudo “The Underground Economy: Tracking the Wider Impacts of the São Paulo Subway System” (A Economia Subterrânea: Rastreamento dos Impactos mais Amplos do Sistema de Metrô de São Paulo).

Falando especificamente de meio ambiente, sem o metrô, o número de mortes ficaria entre 9% e 14% mais alto e os custos de saúde aumentariam anualmente US$ 18 bilhões. Para chegar a estes números, os pesquisadores da Unifesp compararam os dias com funcionamento normal do metrô com os dias de greve dos metroviários. De acordo com o estudo, se o metrô deixasse de operar por um ano consecutivo, os índices de concentração de poluentes, pelo maior número de veículos nas ruas para suprir seus serviços, aumentariam 75%.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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