A cidade de São Paulo é hostil com os ciclistas. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Saúde divulgado nesta quarta-feira (13), a cada dois dias, pelo menos um ciclista internado em um hospital público de São Paulo morre em consequência de um acidente de trânsito. O estudo alerta ainda que todos os dias nove pessoas que conduziam bicicleta são internados na rede pública de São Paulo. Só no ano passado foram 3.200 internações por esse motivo nos hospitais do estado.
Os principais fatores de risco para acidentes de trânsito envolvendo ciclistas são, segundo a secretaria, embriaguez e desatenção por parte dos motoristas dos veículos. As lesões mais frequentes sofridas pelos ciclistas são traumatismos craniano e da coluna vertebral e fraturas da bacia, dos ossos do antebraço, do fêmur e da tíbia.
O estudo mostra que o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta 3,3 milhões de reais por ano com o tratamento de ciclistas que sofrem algum acidente de trânsito na capital Paulista. Ou seja, dinheiro meu e seu que le este blog, e que poderia ser usado em outras áreas caso a lei seca fosse melhor fiscalizada.
“O número de acidentes graves envolvendo ciclistas continua alto porque as bicicletas precisam dividir cada vez mais espaço com os veículos. É preciso haver respeito mútuo e mais locais sinalizados e adequados aos ciclistas”, alerta Hassan Yassine Neto, médico socorrista do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau) da Secretaria da Saúde. Neto lembra que o uso de equipamentos de segurança, como capacete, joelheira e cotoveleira, é essencial para diminuir a gravidade dos casos de acidente envolvendo ciclistas.
Por Renato Lobo
