Praticar o ciclismo, além de contribuir com o meio ambiente, ajuda em nossa saúde física, não só dos músculos, mas também do cérebro. De acordo com estudos do Cleveland Clinic Lerner Research Institute, nos EUA, andar de bicicleta pode aliviar os sintomas da doença de Parkinson.
A pesquisa sugere que o exercício melhorou as conexões entre regiões cerebrais ligadas à doença e impulsionou a coordenação e o equilíbrio dos pacientes. O pesquisador Jay Alberts começou os trabalhos depois de perceber melhorias em uma acompanhante seu com Parkinson após um passeio de longa distância.
“A descoberta foi acidental. Eu estava pedalando mais rápido, o que a obrigou a pedalar mais rápido. Ela teve melhorias na função de membro superior, então começamos a olhar para o possível mecanismo por trás dessa melhora”, conta Alberts.
Alberts e seus colegas realizaram uma série de exames no cérebro de 26 pacientes com Parkinson que fizeram exercícios com bicicletas três vezes por semana durante dois meses.
Alguns pedalaram no próprio ritmo, enquanto outros se comprometeram com o ciclismo mais pesado, em que eram forçados a pedalar mais rápido.
Os exames revelaram que o esporte impulsionou conexões entre as regiões cerebrais ligadas ao movimento. Os pesquisadores afirmam que os resultados mostraram que o exercício na bicicleta consiste em uma terapia eficaz e de baixo custo para tratar a doença de neurodegenerativa.
A equipe acredita que a rotina regular de exercícios pode ajudar as pessoas com a condição não só a melhorar sua aptidão geral, mas também melhorar o movimento e equilíbrio, bem como outros sintomas da doença, como ansiedade e depressão.
Por Renato Lobo
