Ainda que a meta da prefeitura de São Paulo era aumentar a velocidade média dos ônibus do sistema municipal de São Paulo em 15% até o fim deste ano, nos três últimos anos no pico da noite ficou em 15 km/h. No pico da manhã, houve até piora na velocidade média: de 17 km/h para 16 km/h.
Os dados são da SPtrans, que fez os cálculos a partir do tamanho das linhas – nos corredores ou no tráfego comum – e o tempo gasto pelos coletivos para percorrê-las. São aferidas pelos aparelhos de GPS instalados na frota. O índice só considera “lenta” a velocidade de 12 km/h ou menos – o equivalente a uma corrida na esteira, e “rápida” os coletivos que trafegam a apenas 18 km/h. Mas nenhuma região teve ônibus andando nesta velocidade “rápida” no pico da noite.
Entre os bairros com a velocidade mais “alta”, 18 km/h, estão Ermelino Matarazzo, Aricanduva, Penha, São Miguel, São Mateus, Guaianases e Itaim Paulista (Área 3 e 4) todos na zona leste, entre 6h às 8h59 da manhã. No pico da noite, entre 17h e 19h59, ela cai para 16 km/h.
Já as com piores velocidades, estão as linhas do extremo sul. Em M’Boi Mirim a média é de 13 km/h no pico da tarde. Ontem. No geral, nas regiões sul (Área 6) e sudeste (Área 7) os ônibus são mais lentos: em bairros como Ipiranga e Jabaquara, se arrastam a 15 km/h. A SPTrans considera essa uma velocidade “moderada”.
Os prometidos corredores de ônibus estão fazendo falta.
Por Renato Lobo