Um dos símbolos da cidade de São Paulo completa 63 anos neste domingo, 22 de abril: O trólebus, veículo charmoso e não poluente. O modal que em alguns anos atrás esteve capengando na capital paulista, na contra-mão de muitas cidades de países desenvolvidos do mundo, começa a nova década com uma chance de sobrevida, com parte da frota a ser renovada, além de finalmente o trólebus chega ao Jabaquara.
O trólebus nasce no ano de 1949 quando é inaugurado a primeira linha fazendo o percurso Aclimação – Praça João Mendes, substituindo a antiga linha de bondes Nº 19. Na viagem inaugural o Trólebus teve como condutor o Governador do estado de São Paulo, Dr. Adhemar de Barros. Nos anos que se seguiam, o sistema ganhava força, e assim a CMTC tornou-se um dos maiores fabricante de trolebus do mundo, montou cerca de 150 veículos, fazendo com que o sistema alcançasse a marca em 1968 com a circulação de 230 veículos distribuídos em 14 linhas e uma rede elétrica de 138 km de extensão.
Já no final dos anos 70 com a criação do plano Sistram, o governo anuncia a intensão de adquirir 1.500 trólebus, dos quais 450 articulados, estes trólebus circulariam em corredores exclusivos. A indústria nacional voltou a produzir, mas a frota envelheceu e linhas foram desativadas. Somente em 1979 começaram a rodar os primeiros veículos de nova geração, com normas para ônibus “Padron” (12 metros de comprimento), foram introduzidas inovações tecnicas e de conforto.
Já nos anos 90, o sistema trólebus chega ao seu auge onde mais de 500 veículos rodavam, parte da frota foi reformada, e 111 novos veículos entram em operação. Nos anos 2000, o sistema sofre sua maior inclinação, onde mais de 50% da frota é desativada junto com linhas, dentre elas o ramal que atendia a região de Santo Amaro, passando pela avenida 9 de Julho. A prefeitura, na época, substituiu todos os trólebus por ônibus a diesel simplesmente por achar feia as redes de contato, e vendeu grande parte da frota (em condições de uso) a preço de banana.
Já depois de 2010 começamos a década com um futuro promissor, porem ainda tímido com a aquisição de 78 novos trólebus e a terceirização da manutenção da rede, e a previsão da troca de todos os frios trolley.
Por Renato Lobo
