A equipe do R7 percorreu nas últimas duas semanas os Metrôs de São Paulo e do Rio de Janeiro. Claro que a superlotação foi relatava de forma veemente. A equipe percorreu os trechos entre o Tucuruvi ao Jabaquara, da Vila Madalena à Vila Prudente, da Barra Funda a Itaquera, da Faria Lima à Luz e do Capão Redondo ao Largo Treze.
Muito chamou a atenção para uma frase relatada: “Sair de casa para trabalhar utilizando o metrô de São Paulo é o que todo especialista de trânsito afirma ser o correto a se fazer. Mas a possibilidade de demorar para embarcar devido às filas nas plataformas e às frequentes paradas para “aguardar o trem à frente” no horário de pico da manhã garante atraso na chegada ao serviço. Pelo menos, na linha 1-Azul”. Um tanto quanto estranha a afirmação. É fato que existem atrasos no Metrô, mas é importante dizer que parte destes atrasos são causados pelos próprios passageiros que insistem em segurar as portas do trem. Duvido que alguém que use o transporte público, deixe de andar de Metrô para enfrentar os ônibus. Em uma cidade como São Paulo é preciso contabilizar os possíveis atrasos para medir o tempo que demora entre casa e trabalho.
Outro trecho trazido pela reportagem é o da Estação Sé: “A pior situação enfrentada foi na Sé, que é ponto de transferência para a linha 3-Vermelha. Apesar do conforto do trem, a superlotação da estação impede que se aproveite qualquer tipo de conforto. Na plataforma, os passageiros agem como “manada” a cada abertura de porta dos vagões. Embora nesse dia não tenha presenciado nenhum passageiro sendo espremido entre as portas, a cena é comum quando os trens estão extremamente cheios”.
Esse efeito “manada” é também por culpa do usuário, uns que têm pressa em excesso, outros que são calmos em demasia. Este choque de comportamentos causa o transtorno. Mas não apenas por culpa do passageiro. Os governos precisam priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual.
Por Renato Lobo