Para aqueles que torciam pela volta da Marta Suplicy ou para os que não queriam de maneira nenhuma vê-la no gabinete, a senadora disse nesta quinta-feira (3) que abriu mão da pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo. Na terça-feira, a secretária de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas, afirmou que a presidente Dilma Rousseff pediu que Marta não concorresse nas prévias. O argumento seria que Marta é essencial para o governo no Senado, como vice-presidente da Casa.
De acordo com o Planalto, o pedido de Dilma foi feito em uma conversa reservada de Dilma com Marta no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na noite de segunda-feira (31), pouco antes de a presidente realizar uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava internado para tratamento contra um câncer no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Marta era uma das pré-candidatas do PT à Prefeitura de São Paulo, ao lado o ministro da Educação, Fernando Haddad, apoiado por Lula, o senador Eduardo Suplicy (ex-marido de Marta), além dos deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto (Secretario Municipal de Transportes do Governo da Marta). Os quatro se mantém na disputa.
O Transporte Público foi uma das áreas que a administração da petista apostou para sua reeleição. Marta fez projetos importantes para a mobilidade urbana, como o Bilhete Único, e algumas faixas exclusivas que na época eram chamadas de “passa-rápido”, além da renovação de parte da frota de ônibus. Mas a senadora errou feio nos modais limpos: Sucateou a rede de trólebus, reduzindo mais da metade da frota sobre o pretexto que os veículos “enfeiavam a cidade”, além de não investir no Metrô. Para não dizer que não ajudou, em um dos anos de sua administração, foi designado R$ 1000,00 para a companhia.
Marta também esqueceu outras áreas que a população considerava importante, como a saúde, o que acabou dificultado sua permanência na prefeitura.
Por Renato Lobo