A Prefeitura pretende reduzir em 40% o tempo que os ônibus elétricos ficam parados a cada vez que os cabos que alimentam os trólebus se rompem. Atualmente, a manutenção demora uma média de duas horas e meia, toda vez que há esse tipo de ocorrência. A meta é reduzir esse tempo para uma hora e meia, e assim reduzir os transtornos que os trólebus causam.
Para isto a SPTrans, por meio de uma licitação, deve contratar uma empresa que vai cuidar da manutenção da rede. Um Centro de Controle Operacional (CCO), será criado para monitorar, em tempo real, a situação dos cabos que alimentam os quase 200 trólebus restantes em São Paulo. O CCO será montado e operado em um prédio tombado na Avenida Celso Garcia, no Brás, região central, ao lado da antiga garagem de trólebus do Brás. Ficará a cargo da empresa vencedora da licitação, a troca de 162,5 quilômetros de rede aérea. O contrato, no valor de até R$ 108 milhões, deve ser assinado nos próximos meses. Segundo publicação do Estadão, só o CCO custará R$ 1,2 milhão, bancados por recursos de multas aplicadas a veículos que não fizeram a inspeção ambiental.
Segundo ainda reportagem, as falhas no sistema de trólebus já chegaram a ser investigadas pelo Ministério Público (MP). Em 2010, os promotores divulgaram estudo mostrando que a rede de trólebus tinha cerca de sete quedas por dia.
Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.