Neste sábado (18), a operação comercial da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo será encerrada mais cedo, às 19h, para a realização de testes com um trem da nova frota. A partir desse horário, os passageiros serão atendidos por ônibus gratuitos do sistema Paese, que irão circular por todo o trajeto da linha — entre Vila Prudente e Jardim Colonial — até o fim da operação do dia. No domingo (19), o serviço metroviário será retomado normalmente, a partir das 4h40.
Segundo o Metrô de São Paulo, os testes fazem parte do processo de verificação da instrumentação e do sistema de sinalização das novas composições. As simulações envolvem situações como falhas operacionais, aceleração e frenagem, garantindo a segurança e o desempenho dos trens antes de entrarem em operação comercial.
O Governo do Estado adquiriu 19 novos trens para ampliar a capacidade de transporte da Linha 15-Prata, que atualmente atende cerca de 150 mil passageiros por dia. Do total, 12 composições já foram entregues e se encontram no Pátio Oratório, onde também passam por testes e ajustes técnicos.
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As novas composições, classificadas como Frota S, são fabricadas na China pela joint venture PATS (Alstom e CRRC). Assim como os trens em operação atualmente, elas contam com tecnologia UTO (Unattended Train Operation) — sistema totalmente automatizado que dispensa condutor e assegura uma operação mais eficiente e segura. Os novos trens possuem ainda monitoramento por câmeras, iluminação em LED e sistema de gestão inteligente de energia, oferecendo mais conforto e segurança aos usuários.
De acordo com o Metrô, a entrega de todas as 19 unidades será concluída até 2026, acompanhando o processo de expansão da Linha 15-Prata, que seguirá até as futuras estações Ipiranga, Boa Esperança e Jacu Pêssego.
O que se sabe sobre a nova frota?
O Via Trolebus acompanhou de perto, recentemente, a chegada de uma das primeiras composições do novo lote de trens da Linha 15-Prata, a S29, no Pátio Oratório. O trem foi fabricado na China por meio da parceria entre as empresas Alstom e CRRC.
O design frontal da composição mantém o mesmo padrão visual das 27 unidades anteriores produzidas pela Bombardier, conhecidas como Frota M. Seguindo a sequência alfabética adotada pelo Metrô de São Paulo, os novos trens receberam a designação de Frota S.
Assim como ocorreu em outras renovações de frota, o Metrô incorporou melhorias baseadas na experiência de operação anterior. Foi o caso da Frota P, atualmente utilizada na Linha 5-Lilás pela ViaMobilidade, que recebeu aperfeiçoamentos após sugestões dos metroviários. O modelo, adquirido pela estatal, é considerado um dos mais bem avaliados pelos funcionários.
Com uma década de operação do sistema de monotrilho, a Frota S chega como uma evolução técnica da Frota M, embora grande parte das mudanças estejam concentradas em componentes internos e sistemas não visíveis aos passageiros.
Principais melhorias técnicas
Rodas de carga: os pneus responsáveis por suportar o peso do monotrilho foram aprimorados para maior capacidade de carga. O sistema run-flat também foi redesenhado, e os sensores de temperatura receberam atualização tecnológica.
Engates: os dispositivos que unem os carros agora são semi-permanentes, garantindo maior durabilidade e flexibilidade estrutural.
Sapatas coletoras: responsáveis pela captação de energia da viga-guia, foram reprojetadas para oferecer maior resistência e vida útil.
Vidros: passam a ser mais leves e reforçados, contribuindo para a eficiência energética e segurança.
No interior, as cores do salão de passageiros foram mantidas, mas diversos elementos passaram por ajustes visando redução de custos de manutenção e melhor conforto ao usuário.
Assentos: agora produzidos em fibra de vidro, o que facilita a substituição e reduz custos, além de simplificar a manutenção.
Pega-mãos acessíveis: reposicionados para melhorar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida aos assentos reservados.
Mapas dinâmicos: receberam novo layout para facilitar a leitura e a localização das estações.
Gangway (conexão entre carros): agora com piso metálico, aumentando a segurança e a resistência estrutural.
Ar-condicionado: o sistema foi otimizado, com melhor distribuição do ar e filtros de fácil substituição, reduzindo o tempo necessário para manutenção.
Novos intercomunicadores
Atendendo a uma sugestão de funcionários do Metrô, o intercomunicador para contato com o operador ou o CCO foi reposicionado em altura mais baixa, permitindo o uso por pessoas em cadeira de rodas, geralmente acomodadas nos primeiros ou últimos carros do trem.
