Metrô faz inspeções com laser na Linha 17-Ouro antes dos testes com trens
Dois trens já chegaram ao Pátio Água Espraiada, e outros doze devem ser entregues até 2026. Antes do início dos testes massivos com o material rodante, o Metrô de São Paulo está analisando as condições das vias-guias no trecho da Linha 17-Ouro, entre as estações Washington Luiz, Aeroporto de Congonhas e Morumbi, que corre sobre a Avenida Jornalista Roberto Marinho.
O Via Trolebus acompanhou parte dessas análises, que consistem em inspeções com o uso de um carrinho equipado com laser scan — um equipamento que faz uma espécie de “tomografia” das estruturas. Os trabalhos ocorrem em diversos sistemas da Linha 17 (vias, AMVs e trens), com inspeções rigorosas para verificar a interface dinâmica entre os trens em movimento e as vigas-guias.

“É o mapeamento da via como um todo. Tem o mapeamento fotográfico, feito por drone, com nossa própria equipe de inspeção de via. E o laser scan vem para dar essa precisão milimétrica”, explica Natália Taís Batista, engenheira civil do Metrô.
Na ocasião da visita do site, cerca de 80% da linha já havia sido inspecionada. O equipamento realiza a análise de forma estática, com cada varredura levando cerca de 20 segundos. Cada scan cobre de 2 a 3 metros, e a média diária de inspeção é de 700 metros.

A previsão é concluir os serviços em junho, sem impacto no cronograma de testes e entrega da Linha 17-Ouro. Após essas verificações, um laudo técnico deve atestar as condições para uso dos trens nas vigas com maior frequência, abrindo caminho para os testes operacionais e simulações, com previsão de início da operação em 2026.
O ViaTrolebus percorreu um trecho da Linha 17 no veículo de manutenção que faz o scan da via:
