Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo revelou o PlanHidro SP, uma proposta que busca integrar transporte hidroviário e revitalização urbana, modificando a relação da cidade com seus rios. A iniciativa prevê um sistema de transporte fluvial para cargas e passageiros, além de intervenções que valorizem as áreas próximas às margens dos rios.
Desenvolvimento do projeto
De acordo com o documento de Consulta Pública obtido pelo Via Trolebus, o PlanHidro SP foi desenvolvido por um Grupo de Trabalho Intersecretarial composto por representantes de 18 órgãos técnicos especializados. O processo de criação também contou com uma audiência pública inicial para debater o projeto.
Objetivos e ações previstas
Entre os principais objetivos do PlanHidro SP está a construção de infraestrutura como eclusas, pontes e melhorias no acesso às margens fluviais. O plano prevê o uso de até 180 km de vias navegáveis, integrando o transporte hidroviário a novos parques fluviais e incentivando uma melhor conexão com as orlas dos rios, promovendo acessibilidade e revitalização urbana.
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Plano Hidroviário na Represa Guarapiranga
O plano inclui uma extensão de 27 km com quatro ecoportos, servido como “estações” para os passageiros:
- Parque Náutico
- Guaravituba
- Clube Santa Paula
- Parque da Barragem
Está prevista a utilização de 25 embarcações, sendo 15 destinadas ao transporte de passageiros, seis para cargas e quatro para serviços. Além disso, o projeto contempla a instalação de outros dez “atracadores de lazer”.
Para conectar a Represa ao Rio Guarapiranga, será construída uma nova eclusa, permitindo que embarcações atravessem áreas com desníveis. O Rio Guarapiranga, por sua vez, dará acesso ao Rio Pinheiros, viabilizando o intercâmbio de embarcações entre essas localidades.
O orçamento estimado para a execução do projeto é de R$ 1.334.937.370,23 (um bilhão, trezentos e trinta e quatro milhões, novecentos e trinta e sete mil, trezentos e setenta reais e vinte e três centavos). A previsão é que a nova hidrovia seja concluída até 2032.