A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) anunciou a formalização de um contrato no valor de R$ 25.968.272,00 com o consórcio SUPRO, que será responsável pela prestação de serviços especializados de engenharia e arquitetura. O contrato foi firmado por meio de licitação e terá uma vigência de 36 meses, com início previsto para 17 de outubro de 2024.
Por que a CPTM contratou o consórcio?
O objetivo do contrato é fornecer apoio técnico para a supervisão de projetos estratégicos, incluindo a construção de pátios de estacionamento, complexos de manutenção, estações e novas linhas da rede ferroviária. As atividades supervisionadas fazem parte de um programa de trabalho, que abrange a expansão da ferroviária a longo prazo.
A base do projeto foi estabelecida em janeiro de 2023, e as ações supervisionadas seguirão diretrizes orçamentárias conforme a Natureza de Despesa nº 449051, sob o programa de trabalho nº 2678337072091000. O parecer técnico que viabilizou o contrato é datado de 25 de julho de 2022 (Parecer GRJ nº 474).
O edital aponta a reconstrução da estação Rio Grande Serra, onde o projeto já está em curso e a inserção das paradas Lajeado e União de Vila Nova.
Onde poderão ter novas linhas?
Além das Linhas 14-Ônix (ABC-Guarulhos) e a extensão da Linha 13 até Bonsucesso, há estudos de novas ligações no interior do estado.
Além desse contrato, em julho a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) firmaram um convênio para o desenvolvimento do Subsistema Ferroviário do Estado de São Paulo. A parceria, que teve duração de 30 dias, é vista como um indicativo das novas responsabilidades que a CPTM pode assumir com a concessão de futuras linhas ferroviárias.
Durante o período do convênio, o grupo envolvido se dedicou à estruturação de uma série de atividades, incluindo:
- Definição de processos para análises, padrões, manuais, pesquisas, treinamentos e controles;
- Elaboração de estudos e diagnósticos voltados para o planejamento do transporte, além de projetos funcionais e preliminares.
As responsabilidades da CPTM no convênio foram amplas e cobriram uma série de frentes importantes:
- Apoio técnico no mapeamento das malhas ferroviárias existentes;
- Identificação de novas possibilidades para a expansão de vias férreas voltadas ao transporte de passageiros e cargas fora das regiões metropolitanas;
- Compartilhamento de expertise em soluções ferroviárias, boas práticas administrativas, operacionais e de gestão, além de estudos e projetos tecnológicos;
- Estabelecimento de diretrizes de governança e conformidade;
- Cooperação na integração de planejamentos estratégicos para as malhas ferroviárias federais que cruzam o estado;
- Colaboração em revisões legislativas e normativas, além de propostas técnicas e regulatórias;
- Desenvolvimento de soluções para malhas federais, com destaque para as Malhas Oeste, Sul e o trecho entre Santos e Cajati, apoiando-se em estudos técnicos e de viabilidade econômico-financeira;
- Aprimoramento de soluções tecnológicas para melhorar a gestão da infraestrutura e dos serviços ferroviários;
- Planejamento de novas vias estatais com foco no transporte de passageiros.
- Esse trabalho pode ser visto como um movimento preparatório para que a CPTM desempenhe um papel mais ativo na gestão e operação de novas concessões ferroviárias, ampliando sua participação no transporte de passageiros e cargas em São Paulo.
