O projeto de um Veículo Leve sobre Trilhos – VLT em Curitiba deu mais um passo: o prefeito em exercício, Eduardo Pimentel (PSD), assinou um contrato com o BNDES para a realização de um estudo sobre a viabilidade do sistema de transporte.
O VLT ligaria o centro até o Aeroporto Afonso Pena, que fica em São José dos Pinhais, na região metropolitana. Parte do trajeto deve correr por via que hoje abriga ônibus.
O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba, o Governo do Estado e a Prefeitura de São José dos Pinhais – terá como ponto de partida o Aeroporto Afonso Pena, passando pelo Terminal do Boqueirão, com destino final no Centro Cívico de Curitiba. (SMCS).
“A constituição desse contrato para viabilidade técnica, econômica e ambiental do eixo VLT São José dos Pinhais ao Centro Cívico (Curitiba) é possível pela credibilidade, responsabilidade e confiança dessas administrações (Prefeitura de Curitiba, Prefeitura de São José dos Pinhais e Governo do Estado do Paraná) no transporte metropolitano”, disse Eduardo Pimentel, após a assinatura digital do contrato, em evento também transmitido por videoconferência aos dirigentes do BNDES.
Trajeto
Orçado em R$ 2,5 bilhões, e com carregamento de 160 mil passageiros por dia, o trajeto deve contemplar 27 paradas, sendo quatro em terminais de integração: Hauer, Carmo, Boqueirão e Terminal Central (São José dos Pinhais). Os terminais deverão receber reformas também, segundo a proposta. O percurso passará ainda por 23 estações de embarque e desembarque entre as duas cidades.
A maior parte do trajeto será em superfície. Apenas o trecho entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km) poderá ser elevada. Há também possibilidade da implantação do transporte em parte subterrânea no Centro Cívico, em virtude do nível de tráfego da região e também quanto ao impacto causado à paisagem urbana.
VLT no lugar de BRT
A nova linha poderá utilizar a estrutura do corredor de ônibus exclusivos com 10,6 km de extensão na Avenida Marechal Floriano Peixoto, entre a Praça Carlos Gomes no centro Curitiba e o Terminal Boqueirão, onde opera atualmente um eixo de BRT, que será descontinuado, segundo a prefeitura.
Nesta primeira etapa, o recurso de R$ 12,5 milhões disponibilizado para contratação e constituição do estudo de viabilidade técnica e econômica será totalmente absorvido para o futuro possível concessionário da nova linha de transporte, sem custos aos municípios (Curitiba e São José dos Pinhais) ou para o Governo do Estado.