O Metrô de São Paulo não atendeu pedido do sindicato em instalar cabines nos trens do monotrilho da Linha 15-Prata, segundo presidente da entidade, Camila Lisboa, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
No mês passado, o grupo informou que as composições da frota M teriam as divisórias. “É fundamental a instalação de cabines nos trens do Monotrilho, tanto para maior segurança operacional de um sistema em implementação, quanto para melhor condição de trabalho dos OTs”, diz nota do sindicato.
100% automático
A operadora tem planos em operar a linha 15 totalmente em automático. O projeto pode ocorrer ainda neste ano, segundo declarações do diretor de operações do Metrô, Milton Gioia, em entrevista à TV Globo.
A linha que liga as estações Vila Prudente e Jardim Colonial opera sem condutor, mas há a presença de operadores no interior do trem. Segundo apuração do site, o meio de transporte opera em nível de automação GoA3 (DTO – Driveless Train Operation – Operação de trem não assistida), e mesmo após quase oito anos de operação, ainda não foi implantado o GoA4 (UTO – Unattended Train Operation – Operação de trem desacompanhado). O último patamar é utilizado, por exemplo, na Linha 4-Amarela.
A declaração vem em meio a polêmicas após a colisão de dois trens em maro na região da estação Sapopemba. Há em curso uma queda de braço entre o Sindicato dos Metroviários e a Companhia. O primeiro afirma que o sistema é inseguro para a população e não possui sistema contra colisão. A entidade ainda defende a permanecia dos operadores.
Já a operadora diz que os trabalhadores descumpriram procedimentos, e por isso ocorreu o incidente. Afirma que o sistema é seguro e que obteve certificação internacional de operação. Os três funcionários acabaram demitidos recentemente.