O Metrô de São Paulo antecipou a elaboração da pesquisa Origem-Destino para entender os impactos da pandemia da Covid-19 nos deslocamentos das pessoas. Trata-se da maior pesquisa de mobilidade do país, que busca entender as mudanças no padrão de deslocamento dos passageiros em um cenário pós-pandêmico e mudanças no perfil nas viagens, levando em conta a ampliação do trabalho em casa.
De acordo com a operadora, a partir de 1º de agosto, terá início a etapa de campo do estudo com as visitas aos domicílios que serão pesquisados. Esse trabalho será realizado entre agosto e novembro deste ano e de fevereiro a março de 2024. Durante as férias, as análises são pausadas já que há menos pessoas nos transportes.
A OD começou em 1967, antes mesmo do início das operações do Metrô, e foi ela que determinou a expansão da malha metroviária. Não apenas novas linhas de Metrô, mas ainda projetos de infraestrutura além de outros temas, como segurança e saúde se baseiam nos dados da importante pesquisa.
“Esse levantamento proporciona dados que mostram com precisão de onde, para onde, de que forma e o motivo pelo qual as pessoas fazem suas viagens diárias“, diz comunicado do Metrô.
Foram georreferenciados 1,2 milhão de endereços em 527 zonas pelos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), sendo que o estudo vai usar as informações coletadas em 32 mil desse total. Ao todo, até 400 pessoas estarão em campo para a aplicação do questionário.
O estudo é feito com todos os moradores de um domicílio para saber quantos, quais e como são feitos seus deslocamentos ao longo de um dia. Os profissionais de pesquisam deverão perguntar se o entrevistado mudou seus hábitos de viagem durante a pandemia da Covid-19, para saber se ela está em teletrabalho ou estudo remoto, além de sua frequência.
Já em uma outra etapa, chamada de Viagens Externas, haverá contagem classificada de veículos em rodovias de acesso à RMSP, por meio de equipamentos eletrônicos instalados em locais estratégicos. Os passageiros dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Congonhas (São Paulo), além dos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara, bem como pontos de parada de ônibus fretados próximos às estações de metrô, também serão pesquisados.