Dos 32 quilômetros de extensão e 23 estações da futura Linha 16-Violeta do Metrô, uma das paradas talvez seja a mais importante no ponto de vista de conexão do futuro projeto.
Seguindo a série de publicação que analisamos e dissecamos o projeto diretriz do eixo metroviário, que em algum dia vai ligar Oscar Freire até a Cidade Tiradentes, dessa vez a abordagem será voltada para a estação Paraíso, triplo ponto de conexão entre linhas 1-Azul, 2-Verde e a própria 16.
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Estação mais cheia da Linha 16.
Durante uma apresentação do Metrô de São Paulo na 28º Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi informado que Paraíso será a mais demandada estação da Linha 16 com 132 mil passageiros por dia, sendo a mais cheia prevista.
O ponto de conexão vai permitir o intercâmbio de passageiros vindo do extremo leste, em direção a norte e a sul, pela linha mais antiga do sistema, além de permitir uma conexão a oeste, em um cenário em que a linha 2 chegue em Cerro Corá.
Local da estação e integração
De acordo com o documento, “foi avaliada a possibilidade de posicionar a estação da Linha 16-Violeta a norte da estação existente, transversalmente à avenida Vinte e Três de Maio (C). Nesta posição, a parada pode ser construída em NATM a partir de um poço na praça Oswaldo Gogliano Vadico com uma vala poligonal na praça Rodrigues de Abreu. A construção da vala nesta praça permite realizar intervenções na estação existente para adequação da sua capacidade à nova demanda. Na extremidade norte, as plataformas da estação são mais largas e mais propensas a receber o grande volume de integrações previstas.”
O texto acima cita um espaço que foi projeto para abrigar plataformas do extinto ramal Moema, que fica na plataforma da Linha 1 no sentido Tucuruvi:
O texto segue mencionando que “nesta posição, as estações ficam localizadas mais próximas e é possível criar um acesso para a estação da Linha 16-Violeta, a leste da avenida Vinte e Três de Maio, proporcionando atendimento às avenidas Bernardino de Campos e Paulista”.
As análises apontaram que apesar do impacto na praça arborizada, essa foi considerada a melhor opção devido às suas características construtivas e de atendimento à demanda prevista. O projeto deve prever a recomposição da praça e de sua vegetação ao final da obra.
Grande profundida e elevadores de grande capacidade.
O texto ainda fala que de todas as posições estudadas, a estação Paraíso ficou com grande profundidade, uma vez que a limitação de inclinação para a rampa das vias não permite acompanhar o relevo acidentado da região.
Mas, como a demanda mais significativa é a de integração, esta característica não foi considerada um problema. Ou seja, parte considerável dos passageiros será oriundo de outras linhas.
Para o novo acesso na avenida Bernardino de Campos será previsto o atendimento exclusivo por elevadores de alta capacidade.