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Túnel para 4 vias e super tatuzão: como será construída a Linha 16 do Metrô

O edital de licitação do anteprojeto da Linha 16-Violeta do Metrô, que foi divulgado junto com o projeto diretriz, descreveu o método construtivo do futuro eixo metroviário que vai ligar a Cidade Tiradentes até a Oscar Freire. Foi estudado equipamentos maiores e diferentes dos já usados nas linhas construídas, com o objetivo de trazer inovações para a implantação.

Os três segmentos

A nova linha foi subdividida em três segmentos, que estão relacionados a forma como as construtoras vão escavar os tuneis. A Linha 16-Violeta tem 32,1 km de extensão e 23 estações, subdivididas em três trechos construtivos:

• Oscar Freire / Regente Feijó com 11,7 km e 12 estações;
• Regente Feijó / Rio das Pedras com 7,7 km e seis estações;
• Rio das Pedras / Cidade Tiradentes com 12,7 km e cinco estações.

Fonte: Metrô de SP

Super tatuzão e solução “Barcelona”

A análise aponta que “desde o início dos anos 2000, após a construção da Linha 9 do Metrô de Barcelona, o Metrô de São Paulo vem estudando a solução construtiva adotada naquela linha e avaliando sua aplicabilidade em São Paulo, seja sob o ponto de vista de atendimento às demandas, seja sob o ponto de vista tecnológico e da adaptação às condições fisiográficas da Região Metropolitana de São Paulo”.

O TBM4 que poderá escavar parte dos túneis da Linha 16, poderá construir espaços para até 4 vias, no lugar de duas delas, poderão ser instaladas as plataformas:

Metrô de São Paulo

Já nesta configuração, é possível ver as quatro vias, sendo duas para a operação e duas para estacionamento:

Metrô de São Paulo

O relatório mostra que os túneis de Barcelona são divididos em dois andares por meio de uma laje de concreto. Cada pavimento possui largura suficiente para comportar duas vias. Já que apenas uma via é necessária em cada pavimento para a circulação de trens, a área da via sobressalente pode assumir funções variadas como estacionamento de trens, vias de manobra, salas técnicas, equipamentos de ventilação e, sobretudo, plataformas nas estações. Esse seria o pulo do gato para a redução dos custos.

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Os trechos e seus métodos construtivos

Durante uma apresentação do Metrô de São Paulo na 28º Semana de Tecnologia Metroferroviária, foi revelado que o super equipamento poderá escavar os túneis no trecho entre Regente Feijó e Oscar Freire, sendo 38% da linha. A maquina teria como entrada a estação Regente Feijó e iria até após a estação Oscar Freire. Neste segmentos seriam instalados a maior parte dos estacionamentos, que poderiam comportar 40% da frota dos 71 trens. Os outros 60% ficam no futuro Pátio Henry Ford.

Já uma tuneladora menor, o TBM 2, faria a ligação entre Rio das Pedras e Regente Feijó, sendo 22% da linha. O trecho entre Rio das Pedras e Cidade Tiradentes, o Metrô encontrou a maior variedade geológica. Ainda não se sabe se será tuneladora, Método Austríaco de Túneis (NATM) ou TMB1.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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