Renato Lobo | Via Trolebus
Recordar é viver

Mesmo com problemas, trem entre SP-Campinas já era vantajoso nos anos 80

A crise do petróleo se estendeu até meados dos anos 80, e na mesma época um documentário mostrou as vantagens dos transportes elétricos, sobretudo do trem de passageiros. Haviam serviços de média e longa distância no estado, e alguns deles já eram competitivos com o transporte rodoviário.

O chamado “Trem de Ferro”, sendo um documentário de curta-metragem, mostra a importância da eletrificação dos transportes sobre trilhos.

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Depois de uma implantação promissora, em 1852, as nossas ferrovias expandiram-se de forma considerável, até que, acabada a 2ª Guerra Mundial, a opção rodoviária viesse a assumir a posição de liderança que hoje ocupa nos transportes terrestres brasileiros. Em 1950 as ferrovias ainda respondiam por 29 por cento da carga transportada no Brasil. Vinte anos mais tarde, esta participação caiu para menos da metade. A tese de que a ferrovia só se justifica no transporte de mercadorias pesadas a grande distância é amplamente discutida neste filme. Diante do aumento do preço do petróleo, que encarece a alternativa rodoviária, o trem surge com perspectivas de interesse social e econômico também no transporte de passageiros. Construído sobre depoimentos de ferroviários, usuários, especialistas em transportes e administradores de ferrovias, este documentário reúne informações importantes para a discussão de um meio essencial de transporte, atualmente subutilizado no Brasil.”  – diz a Sinopse.

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Trem InterCidades já era vantajoso na época

Passageiros ouvidos na época defenderam a adoção do meio de transporte sobre trilhos, e que ainda nos anos 80, o serviço já havia apresentando sinais de degradação. “Eu acho que o trem apresenta mais segurança, mais tranquilidade, o estado emocional do passageiro é muito melhor. Pena que o serviço ferroviário nosso vem regredindo”, diz um dos entrevistados.

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O Governo Estadual a anos tenta implantar um trem de passageiros entre São Paulo e Campinas, eixo de transporte que já existiu e que ainda com os problemas, era vantajoso em comparação com a rodovia.

“Você sai de Campinas para chegar na Rodoviária de São Paulo, você leva 1h50 aproximadamente. Pega aquele problema de trânsito na marginal em São Paulo. Aqui não, você desce direto na Luz, e dali vocês já tem seus pontos de metrô e tudo.”, diz outro entrevistado.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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