Seguindo na repercussão de uma entrevista na Rádio Bandeirantes do Secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, o titular da pasta falou sobre a extensão da Linha 17 até a estação São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis. Galli admitiu que o eixo de transporte deve mesmo ficar para 2023.
O trecho é considerado pela equipe técnica do Metrô como o terceiro da fila, depois do prioritário que está em obras, entre o Aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi da CPTM, e o segundo que ligaria o meio de transporte até a estação Jabaquara. O eixo 3 tem cinco estações, cruzaria o Rio Pinheiros, passando pela comunidade chegando até a estação São Paulo-Morumbi, na Francisco Morato.
No radar, mas com possibilidade de troca
Perguntado sobre a extensão até Paraisópolis, o secretário afirmou que o projeto ainda está no radar do governo, mas citou “estudos” sobre outros meios de transporte, como corredores de ônibus do tipo BRT.
“Tem muita controvérsia. Nas linhas novas nós não estudamos monotrilho. É um modal que vai ser eficiente, é seguro, mas é muito caro, tem interferência urbana bastante grande, bastante controvérsia, e também de difícil implementação.” – afirmou.
O secretário citou outros meios de transporte, que segundo ele, seriam mais baratos e com o mesmo carregamento que o monotrilho.
“Então você tem outros modais que podem atender da mesma maneira, com um bom BRT, um VLT. Eles podem ser modais que podem atender a mesma capacidade, com o custo menor de implantação e menos interferência no visual.” – disse. Perguntado pela repórter se compensa manter o monotrilho para Paraisópolis, Galli disse que “será estudado“.
BRT trocado por monotrilho na atual gestão terá menor capacidade
A atual gestão enterrou o projeto da Linha 18-Bronze, que ligaria São Paulo, na estação Tamanduateí, até São Bernardo do Campo, passando por São Caetano do Sul e Santo André. Foi anunciado no lugar um corredor de ônibus do tipo BRT, mas com menor capacidade. O BRT deve levar em torno de 173 mil passageiros por dia, enquanto o monotrilho em torno de 340 mil, segundo relatório do próprio Metrô.
O BRT não terá integração tarifária total como ocorreria com o monotrilho, e terá viagens mais lentas. O tempo de viagem da modalidade expressa deve ter o tempo de deslocamento 55% superior ao projeto do monotrilho, conforme pontuou o site Metrô/CPTM. Serão 40 minutos de ônibus contra 26 do monotrilho.
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