Um barco a vela, dependendo da posição do vento e em sua direção, usa como propulsão a direção a força do vento. Na década de 70, Oskar Hans Wolfgang Coester um empresário e inventor brasileiro, que foi responsável pelo setor de manutenção de aeronaves da Varig durante sua era dourada, sob o comando de Rubem Berta, apresentou o protótipo conceitual do Aeromóvel.
Oskar seguiu conceitos fundamentais da aviação, que são redundância e falha segura, e apresenta-se como um sistema de alta confiabilidade, devido às características inatas do projeto, que impedem a colisão entre veículos.
O Aeromóvel é basicamente um trem que não possui motor acoplado. Sua propulsão é pneumática, e há uma espécie de pá ligada ao veículo que fica no interior de um duto localizado na via elevada. Por meio de motores ao longo da via, é fornecido corrente de ar, que por sua vez faz o movimento do trem. As rodas de aço nos trilhos convencionais são apenas para direcionar o veículo.
Sobre a segurança do veículo, é praticamente impossível a colisão entre trens devido a compressão de ar dentro do duto de propulsão. O veículos ainda seguro contra descarrilamento e tombamento devido à placa de propulsão ancorada no interior da via elevada.
Os trens podem ter formação de um até quatro carros, com até 600 passageiros, ou 24 mil usuários por hora e sentido. Podem chegar até a velocidade de 80 km/h. De acordo com a Aerom, empresa fabricante do Aerómovel, o veículo pode ser considerado um intermediário entre um BRT e um VLT, destinado ao transporte de média capacidade. O custo de operação também é mais baixo que sistemas tradicionais de ônibus, sem contar que o veículo tem zero emissões e alta eficiência energética.
Atualmente, o meio de transporte faz a ligação do Aeroporto Salgado Filho com o sistema da Trensurb em Porto Alegre. Há plano de instalar o Aeromóvel em Canoas, no Rio Grande do Sul e a empresa foi a escolhida para fornecer a tecnologia para a ligação do Aeroporto de Guarulhos com a estação da Linha 13-Jade da CPTM.
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