Um comunicado do Tribunal de Contas do Estado aponta que o Estado de São Paulo iniciou o primeiro trimestre do ano com 1.156 obras atrasadas ou paralisadas, e os investimentos nesses projetos, em valores iniciais de contratos, firmados por meio do Estado e dos municípios, superam a casa dos R$ 25 bilhões.
A análise aponta ainda que intervenções na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM e Metrô somam quase R$ 7 bilhões em atrasos ou paralisações no primeiro trimestre de 2021. O setor com mais problemas é a Educação, com 252 obras, o equivalente a 21,8% do total. Já sobre equipamentos urbanos (praças, quadras e similares), da área da Saúde (Hospitais, Postos de Saúde, UBS, CAPS e similares) e de mobilidade (obras em vias urbanas) aparecem na sequência como os setores mais afetados.
De acordo com o levantamento, os dados foram obtidos até o dia 12 de abril e mostram a situação dos três primeiros meses de 2021. Segundo o Painel de Obras Atrasadas ou Paralisadas, atualizado na terça-feira (18/5), 646 empreendimentos estão paralisados e 510, atrasados.
A corte de contas ainda diz que em relação ao período anterior (quarto trimestre de 2020), o número de obras com problemas aumentou de 1.139 para 1.156, mas os recursos públicos empregados caíram de R$ 46.283.854.368,76 para R$ 25.495.471.452.
A principal causa da queda nos investimentos foi a retomada das obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. Com valor inicial de mais de R$ 23 bilhões, o maior empreendimento de infraestrutura do país estava paralisado desde setembro de 2016, foi retomado por meio de Parceria Público-Privada e tem como nova meta de conclusão o ano de 2025.