A Urbs – Urbanização de Curitiba informou que os usuários do cartão-transporte que o utilizam para pagamento em viagens dentro do município de Araucária, na região metropolitana, terão que fazer um novo cartão local. Segundo um comunicado da empresa, com o fim do convênio entre os dois municípios, o cartão Urbs deixa de valer nas 47 linhas do Transporte Integrado de Araucária (Triar), que fazem viagens dentro dos limites do município. A mudança vale a partir de 1º de junho de 2021.
Araucária era o único município metropolitano em que o cartão Urbs também era aceito nas linhas locais. Mesmo com o fim do termo de cooperação, não é afetado a integração do transporte entre as duas cidades, que continuará a funcionar normalmente, com as seis linhas metropolitanas que aceitam o cartão da Urbs.
De aoordo com o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a distorção provocada pela diferença dos valores das tarifas das duas cidades nos últimos anos e também a falta de atualização do parque tecnológico do sistema Triar levaram ao fim do convênio.
Quando o contrato foi firmado, em 2005, Curitiba e Araucária tinham o mesmo valor da tarifa. Desde 2018, no entanto, Araucária reduziu quatro vezes o valor da passagem das suas linhas municipais, a última delas nesse ano, para R$ 2,20. Apesar da tarifa menor, ao passar na catraca local, o passageiro com cartão da Urbs pagava R$ 4,50.
“Na prática essa diferença no sistema de bilhetagem, que era paga pelo usuário de Curitiba, ajudava a subsidiar a tarifa menor em Araucária, já que o Triar recebe o valor pago pelo passageiro”, diz Maia Neto. Segundo ele, essa diferença chega a R$ 2 milhões por ano.
“Propusemos várias vezes para a Prefeitura de Araucária que fosse feita a atualização tecnológica da sua plataforma, de maneira que permitisse que o usuário do cartão Urbs também pudesse pagar R$ 2,20 ao usar as linhas locais, mas essa negociação não foi à frente”, afirmou.
Com a mudança, o usuário de Curitiba que quiser se deslocar em linhas dentro do município deve fazer um cartão Triar ou pagar em dinheiro. A gerenciadora diz ainda que colocou cartazes em terminais e nas linhas que fazem a integração entre as cidades comunicando sobre a mudança.