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Monotrilho Ônibus

3 pontos que mostram desvantagem sobre a troca do monotrilho por BRT no ABC

O Governador de São Paulo, João Doria, apresentou nesta manhã desta sexta-feira, a construção do BRT ABC, que deve custar R$ 860 milhões, de acordo com informações postadas no site do governo. Segundo Doria, o projeto deve estar em implantação em 2023.

Já o secretário dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, disse que a demanda deve ser de 115 mil passageiros por dia. Baldy diz ainda que em 2022, poderá haver operação mesmo que de forma seccionada. A ligação deve ser entre São Bernardo do Campo e os terminais Tamanduateí e Sacomã na cidade de São Paulo, com quase 18 km, passando por Santo André e São Caetano do Sul. Serão 20 paradas ao longo do caminho.

Governo do Estado de São Paulo

Os veículos serão elétricos com 23 metros de cumprimento, e as paradas terão pagamento antecipado. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Mourando disse ainda que a construção do piscinão Jaboticabal deve aliviar eventuais enchentes no caminho do BRT, já que ao contrário do monotrilho cancelado pelo estado, a via para ônibus deve seguir pela superfície.

Foto: Renato Lobo | Via Trolebus

Viagem mais longa que o monotrilho e menos passageiros transportados

O BRT deve ter três tipos de atendimentos, sendo o expresso, semi-expresso e parador. Mas o tempo de viagem da modalidade expressa deve ter o tempo de deslocamento 55% superior ao projeto do monotrilho, conforme pontuou o site Metrô/CPTM. Serão 40 minutos de ônibus contra 26 do monotrilho.

Outro ponto polêmico é o carregamento. O BRT terá capacidade de transporte de 115 mil passageiros, contra dados da própria administração públicas apresentado em 2014, que apontavam um carregamento de 314 mil usuários que seriam atendidos pelo monotrilho.

E por fim, o passageiro que utilizaria o monotrilho teria integração gratuita com a malha metroferroviária, ou seja, acesso à 370 quilômetros de trem e Metrô na Região Metropolitana de São Paulo. Já com o BRT, se o modelo for seguido como é praticado na integração entre o corredor ABD e o metrô, o passageiro terá no máximo um desconto na passagem. Já sobre o custo, o BRT saíra mais barato, enquanto o monotrilho custaria R$ 4,69 bilhões.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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