Em um comunicado, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo informou que pelo menos 23 trabalhadores acabaram perdendo a vida por conta da covid-19. Uma outra postagem feita pela categoria no começo de março apontava que 12 trabalhadores tinham perdido a vida por conta da pandemia.
“Sindicato lamenta a perda de ao menos 23 colegas de trabalho na categoria por conta do coronavírus. Os metroviários estão na linha de frente e sofrem as consequências graves da pandemia. Por vacinação prioritária dos trabalhadores essenciais em transportes e de toda a população!” – diz o comunicado desta terça.
Greve sanitária
O sindicato dos Metroviários confirmou a realização de uma greve sanitária no dia 20 de abril. De acordo com um comunicado, a categoria que presta o serviço essencial de transporte defende a inclusão no grupo prioritário na vacinação, a aplicação de um Plano de Emergência, lockdown e auxílio emergencial.
Greve também na CPTM
O Sindicato da Sorocabana, em nota ao Via Trolebus, confirmou que os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM devem realizar uma paralisação no dia 27 de abril em todas as sete linhas.
Os representantes da entidade pedem pagamento de benefícios. “A CPTM mais uma vez deu calote em seus funcionários não pagando o PPR de 2020, o que deveria ter sido feito no dia 31 de março de 2021. A empresa ignora o que os ferroviários têm passado diariamente, muitos contando com esse dinheiro – ainda mais nesse momento de pandemia. A falta de vacinação para funcionários do serviço essencial também é inadmissível. Por isso, decidimos paralisar o serviço”, afirma José Claudinei Messias, presidente interino do Sindicato da Sorocabana.
A entidade, em conjunto com os Sindicatos dos Ferroviários de São Paulo e dos Engenheiros de São Paulo, que representam os trabalhadores da operadora, decidiu entrar em greve por tempo indeterminado. Uma assembleia realizada nas sedes de cada sindicato, respeitando todas as normas de segurança definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), decidiu pelo protesto.
Os ferroviários afirmam que o PPR 2020 devia ter sido realizado no dia 31 de março e além disso, querem uma resposta da empresa e do governo estadual em relação à inclusão dos ferroviários no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19.
“Todos os trabalhadores de serviços essenciais estão sendo vacinados, menos os trabalhadores do transporte público. São Paulo não parou porque nós não paramos. Então, se somos essenciais, temos de ser vacinados. Os ferroviários estão expostos diariamente, mesmo tomando todos os cuidados e sem os equipamentos de proteção ideais. A cada imagem de estações e trens lotados, tem os ferroviários na linha de frente expostos à todas as variantes do Coronavírus. O risco é imenso. Merecemos respeito e ao menos uma resposta positiva”, afirma Messias.