O Metrô de São Paulo adiou a sessão pública para conhecimento das propostas de adequação da estação São Joaquim para a futura conexão com a Linha 6-Laranja. A Sessão Pública tinha sido marcada para o dia 07 de abril, mas foi adiada para o dia 13/04/2021.
O ponto de embarque e desembarque fica no bairro da Liberdade, e foi inaugurado em 17 de fevereiro de 1975. Em meados de 2025 ou 2026, portanto 50 anos depois, o passageiro que estiver na Linha 1-Azul, vai poder baldear para o novo eixo metroviário que vai até um outro ponto da Zona Norte, que é a Linha 6-Laranja que deve chegar até a Brasilândia. As obras do novo ramal estão em curso.
6 curiosidades da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo
1 – Anunciada em 2008 e seria tocada pelo estado
O projeto da Linha 6 foi anunciado em meados de 2008, e previa inicialmente que as construções seriam tocadas pelo setor público. Com a mudança da gestão estadual, de Serra/Goldman para Alckmin, a nova administração alterou o modelo econômico, e a Linha 6 passou a ser executada por meio de uma Parceria Público Privada – PPP, mas as obras só seriam iniciadas em 2015.
2 – Primeiro projeto previa atendimento até Vila Nova Cachoeirinha
O governador José Serra anunciou em 4 de dezembro de 2008 que haveria dois ramais saindo da Freguesia do Ó na Zona Norte, um em Brasilândia, e outro na Vila Nova Cachoeirinha, no Largo do Japonês. Seria a primeira vez que o metrô paulistano usaria trajeto em forma de “Y”, algo que já existe nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália. Depois o atendimento da Vila Nova Cachoeirinha foi abandonado, e até hoje não há previsão de chegada do Metrô no Bairro.
3 – Maior PPP do Mundo
OGovernador de São Paulo, João Doria, disse que a Linha 6 é a maior obra de infraestrutura do Brasil e a maior PPP do mundo. A obra deve gerar 9 mil empregos diretos no Estado.
4 – Operação
Serão 26 trens em operação, com um intervalo previsto de 135 segundos. A previsão é que o eixo metroviário que vai ligar a Brasilândia até a estação São Joaquim transporte 703 mil passageiros por dia. Serão três locais de estacionamento, sendo um deles o Pátio Morro Grande, e dois estacionamentos entre as estações Freguesia do Ó e Santa Marina e entre PUC e Angélica Pacaembu.
5 – Extensão Leste e a Oeste
O eixo metroviário teve previsto duas extensões. A primeira à leste rumo a Cidade Líder, na Zona Leste de São Paulo, a partir de São Joaquim, cortando os bairros da Aclimação, Mooca e Vila Formosa. Mas este atendimento foi suprimido pelas projeções da nova Linha 16-Violeta (Oscar Freire – Jardim Brasilia).
Já a extensão à oeste segue nos planos do Metrô, com quatro novas estações a partir de Brasilândia, sendo Morro Grande, Velha Campinas, Vila Clarice (conexão com a Linha 7 da CPTM) e Bandeirantes, às margens da Rodovia.
6 – Gente diferenciada
Estava prevista uma parada na Avenida Angélica. Mas o empreendimento causou uma certa resistência de alguns moradores, entre eles uma senhora que disse ao um jornal que não queria a estação no bairro temendo “gente diferenciada” na região. O termo ganhou fama, ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais na época, e culminou em um “churrascão da gente diferenciada” em frente a um shopping do bairro, como forma de protesto. Teve até churrasco e refrigerante popular distribuído aos presentes. O protesto foi uma reposta ao preconceito de alguns desses moradores.
O resultado foi que o Metrô manteve a estação, mas em alguns quarteirões de distância, denominada então “Angélica-Pacaembu”.