O Rio Ônibus – Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro – que representa 36 operadoras do transporte rodoviário de passageiros do município do Rio de Janeiro e o sistema BRT, enxerga a taxa inserida nos transportes por aplicativos como “esperança para crise dos ônibus“.
De acordo com um comunicado da entidade, a regulamentação dos transportes públicos é fundamental para a segurança e para a organização da mobilidade urbana de forma geral. No Rio de Janeiro, segundo a nota, os transportes por aplicativo estão na pauta de trabalho da Prefeitura, para que haja maior rigor no monitoramento das viagens, bem como na taxação cabível.
O texto menciona que em diferentes regiões do mundo a administração pública destina parte da renda recolhida dos impostos relacionados às corridas por aplicativos a investimentos nos transportes coletivos e na redução do preço das passagens. Na Cidade do México, por exemplo, onde é cobrado o mesmo patamar fixado para o Rio, 1,5% do valor de cada deslocamento, a quantia é revertida em melhorias no sistema de ônibus e na estrutura para fluxo de pedestres.
“No Rio de Janeiro quem paga a passagem é única e exclusivamente o passageiro. É um custo muito alto para o cidadão e um valor baixo para a devida manutenção de um sistema adequado para todos. Os subsídios públicos aos transportes se apresentam em diferentes formatos nas grandes metrópoles. Embora ainda não tenha sido anunciado o tipo de destinação, o anúncio de cobrança pela Prefeitura traz esperança aos operadores do transporte público municipal, que passam pela maior dificuldade financeira da história e precisam de ajuda para manter o carioca assistido de ônibus”, afirma o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.