A MRS, em um comunicado, informou dados sobre acidentes em sua malha no ano de 2020, e a empresa que opera os trens cargueiros registrou no ano passado, 103 acidentes nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, ou seja, atropelamentos ou abalroamentos ocorridos em trechos corridos, área onde o acesso de pedestres e veículos é proibido, ou em passagens em nível ao longo da via férrea sob concessão da empresa.
Os dados mostram uma elevação de 4% em comparação aos registrados em 2019, quando foram contabilizados 99 acidentes. O estado do Rio de Janeiro registrou o maior volume de casos (48), seguido por Minas Gerais (43) e São Paulo (12). A distribuição geral em 2020 foi de 103 acidentes registrados nos três estados: 48 abalroamentos, 55 atropelamentos.
A empresa ainda faz um balanço positivo em 2020 na redução de 55,6% de ocorrências no estado de São Paulo. “Os números indicam a importância de ter mais atenção ao atravessar as passagens em nível. Em 2020, a circulação de pessoas e veículos foi reduzida em função das medidas de isolamento social. Ainda assim, vemos que houve mais abalroamentos, ou seja, colisões de composições ferroviárias com veículos. O menor movimento nas ruas pode ter levado as pessoas a dirigirem mais desatentas, como se o trânsito menos pesado permitisse um relaxamento. Em regiões com presença da ferrovia, é sempre importante manter a atenção, praticar o Pare, Olhe e Escute em todas as travessias” afirma o gerente de Segurança Operacional, Filipe Berzoini.
A MRS diz ainda que realizou uma série de iniciativas voltadas à segurança ferroviária. Foi ampliada a vedação da linha férrea em cerca de 2,2 km nas cidades de Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete, Juiz de Fora, todas em Minas Gerais, e nas cidades paulistas de Aparecida, Guaratinguetá e Taubaté. Em Suzano (SP), foi construído 1 km de caminho seguro, que é a indicação do local correto por onde os pedestres podem se locomover em área próxima à faixa de domínio da ferrovia.