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Trens Regionais

Trem Intercidades entre São Paulo e Santos segue em “análise”

O Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas é uma das grandes apostas do governo estadual para a retomada do crescimento no estado, tanto que o governador João Doria, e o secretário dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, postaram em suas redes sociais, cards com informações do serviço que deve atender mais de 500 mil passageiros por dia.

Há no entanto, outros eixos estudados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, mas com nenhuma chance dos demais ramais terem suas obras iniciadas na atual gestão. Tanto que não há promessa de construção por parte dos gestores públicos. Mas alguns eixos seguem em análise, como entre São Paulo e Santos, de acordo com Baldy em resposta a um seguidor:

Viagem teste

Em junho de 2019, por duas vezes, a composição do expresso turístico desceu a serra. Houve especulações de que o expresso turístico poderia ganhar um novo atendimento até Santos. Mas, o presidente da CPTM, Pedro Moro, descartou a possibilidade, e disse que a viagem foi para testar os trilhos para o trem intercidades.

Uso da cremalheira é viável?

O caminho entre as duas regiões é feito por meio do uso da cremalheira, um sistema presente entre Paranapiacaba e Cubatão. Mas este cenário está bem longe de ocorrer, uma vez que dados da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, dão conta de que o uso da cremalheira pela MRS é de 99%, sendo considerada lotada. Este dado é de 2017.

Túnel de 30 km seria viável?

Em 2013, foi divulgado aqui no Via Trolebus um projeto da CPTM que contemplava uma linha de trem de passageiros partindo da estação Prefeito Celso Daniel – Santo André, e posteriormente a ferrovia seguiria por um túnel de 30 Km sob a Serra do Mar até a cidade de São Vicente e depois chegando a Santos.

A opção, no entanto, é avaliada como inviável por Moro, por conta da complexabilidade da obras. “O ideal ali seria um túnel. Você não consegue nem um bota fora para a quantidade de terra que você precisa tirar para furar. Você não vai conseguir licença ambiental para começar”, contou o presidente da Companhia.

Nova ligação ao lado da cremalheira

No processo de tombamento da Vila de Paranapiacaba já prevê a possibilidade de rebaixamento do leito da via, em função da implantação de novas tecnologias ferroviárias, desde que fundamentais para a reutilização econômica e/ou turística do traçado da linha para o tráfego de cargas ou passageiros.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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