Na semana passada, o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, Pedro Moro, em uma resposta na rede social, disse que há estudos para que as composições da série 3000 não façam mais parte da frota da operadora.
Já nesta terça-feira, 17 de novembro de 2020, durante a entrega do terceiro trem da série 2500, Moro afirmou que não há prazo para extinção do modelo.
“O que eu falei lá é que estamos em constantes modernização da frota. Os trens da série 3000 apesar de serem recentes, alguns requisitos técnicos não são tão modernos quanto as outras frotas. Então a gente está sempre em constante atualização, e conforme a gente vai modernizando a frota, a gente vai retirando a frota antiga. O 3000 uma hora será retirado de circulação. Não tem prazo e não há nada definido“, disse o presidente da CPTM.
Atualmente as cinco composições fazem parte da Linha 10-Turquesa [Brás – Rio Grande da Serra]. Mas, geralmente dois deles são vistos prestando serviço.
Os 3000’s foram adquiridos em 2001. A operadora realizou a licitação internacional em 1994, financiada pelo BID, prevendo a aquisição de uma frota de 10 trens unidade elétricos de 4 carros. O contrato foi vencido pelas empresas Siemens AG/Simmering-Graz-Pauker (SGP) e Mitsui.
Por questões econômicas de governo paulista, o contrato foi congelado. Após os Tumultos na CPTM em 1996, o governo paulista retomou o projeto de remodelação dos subúrbios e contratou as obras faltantes na Linha 9, incluindo os trens. Assim, o contrato assinado em 1994 só foi efetivado em 4 de julho de 1997, por US$ 70 milhões, prevendo-se a entrega dos trens em 36 meses.
Os trens unidade foram construídos na Alemanha (com peças importadas do Japão) e montados na fábrica da Siemens de Maribor, Eslovênia, sendo a primeira unidade entregue em 10 de novembro de 2000.