Em 2013, era anunciada a Linha 6-Laranja do Metrô, que ligaria a Brasilândia na Zona Norte de São Paulo, até a estação São Joaquim, na Linha 1-Azul. Mas, a boa notícia durou até 2 de setembro de 2016, quando por uma decisão unilateral, a concessionária que era responsável pelo empreendimento, a Move São Paulo, paralisou integralmente as obras civis.
Passados quatro anos, assume a “Linha Universidade Participações S.A.”, da qual a Acciona é a principal sócia. Serão cinco anos de obras, e operação e manutenção subsequente por mais 19 anos.
Mas a empresa espanhola não é novata no ramo de mobilidade. De acordo com um comunicado em seu site, a empresa afirma ter “credenciais técnicas e experiência no desenvolvimento de soluções de mobilidade urbana”. A empresa desenvolveu 44 projetos de concessão em sete países. Sobre ferrovias e linhas de metrô, foram executados 3 mil quilômetros de via, dos quais 1.200 são de alta velocidade.
A linha 6-Laranja será inteiramente subterrânea, com mais de 15 km de extensão. A empresa destaca que construiu mais de 600 quilômetros de túneis. Atualmente está construindo os maiores túneis ferroviários dos países nórdicos na Noruega (são 22 km) e também foi a responsável pelos túneis “Legacy Way”, em Brisbane (Austrália).
A Acciona ainda destaca a participação na construção dos seguintes sistemas de metrôs: Madri, Barcelona, Bilbao, Málaga, Sevilha, Valencia, Caracas, Medellín, Hong Kong, Lisboa e Dubai, onde também está atuando no desenho e ampliação da Linha Vermelho do Metrô por conta da Expo 2020 Dubai.
Na América Latina, está trabalhando no Brasil no desenvolvimento de dois blocos da linha 2 do Metrô de São Paulo. Além disso, executou a Linha 3 do Metrô de Santiago (Chile) e está perto de concluir a construção da Linha 1 do Metrô de Quito.