O Diário Oficial do Estado, em edição suplementar desta segunda-feira, 05 de outubro de 2020, divulga um decreto do governador João Doria que marca formalmente no ponto de vista dos terrenos, a mudança da concessão da Linha 6-Laranja do Metrô, do consórcio Move São Paulo para a Concessionária Linha Universidade S.A., pertencente a Acciona.
A determinação estabelece que os imóveis declarados de utilidade pública pelo artigo 1º do Decreto nº 58.025, de 7 de maio de 2012, serão desapropriados, ocupados temporariamente ou instituídos para servidão pela Concessionária
Linha Universidade S/A., por via judicial, para implantação do eixo metroviário que vai ligar a Brasilândia até a estação São Joaquim.
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira, que as obras da linha 6-Laranja do Metrô serão retomadas nesta terça-feira, 06 de outubro de 2020.
O acerto entre o governo e a Acciona foi feito no dia 07 de julho, com perspectiva de retomada das obras em 90 dias. A empresa espanhola assumiu a concessão da linha e passou a ser responsável pelos canteiros, no lugar do antigo consórcio Move São Paulo.
O novo eixo metroviário deve atender a cerca de 700 mil passageiros por dia. A concessão foi assinada em dezembro de 2013, prevendo as primeiras entregas em 2020. O custo total do empreendimento era de R$ 9,6 bilhões, sendo que deste valor R$ 8,9 bilhões seriam divididos entre governo e consórcio.
Os trabalhos, no entanto, foram parados em 2016, e a Move São Paulo alegou que não poderia dar continuidade por falta de dinheiro. A previsão de entrega é de cinco anos. O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, no entanto, disse que um trecho do ramal poderá ser entregue antes do prazo total da extensão, que é 2025.
“A nossa perspectiva é que pode ser entregue uma parcialidade dessa operação. Não é uma obrigação, mas pode ser entregue entre Brasilândia e Água Branca. É uma possibilidade já em 2024″ – afirmou o secretário.
Baldy disse ainda que no futuro poderá ser dialogado a extensão da Linha 6. Há projetado uma extensão até a Rodovia dos Bandeirantes. O trecho, no entanto, não está condicionado ao contrato atual.