As ferrovias levam progresso para as regiões atendidas pelo modal de transportes, com o escoamento de cargas, além do transporte eficaz de passageiros. Mas, em áreas adensadas, uma via férrea cortando um bairro pode significar a segregação de espaços.
Um projeto apresentado em São Paulo previa o aterramento de um eixo ferroviário em bairros importantes da capital paulista. Trata-se da operação Urbana Lapa – Brás, que reunia o agrupamento de três Operações Urbanas já existentes e previstas pelo Plano Diretor Estratégico: Água Branca, Diagonal Norte e parte da Diagonal Sul.
O aterramento de via férrea tem como objetivo eliminar a dificuldade de mobilidade em virtude da presença da ferrovia, uma barreira física que separa os bairros situados ao sul e ao norte dos trilhos; e estabelecer um plano de drenagem, em razão do posicionamento dos bairros ao longo das várzeas dos Rios Tietê e Tamanduateí.
Basicamente seria um túnel para trens entre a estação da Lapa até a estação Brás, tendo extensão aproximada de 12 Km. No lugar da ferrovia na superfície, a proposta prevê uma via de porte estrutural, mas com características urbanísticas diferenciadas – de uso lindeiro intenso, com parques e ciclovias. Foi uma das propostas para caminhar junto com a demolição do minhocão.
O projeto ainda ajudaria a segregar o fluxo de trens cargueiros que passam pelo centro de São Paulo. Ajudaria a reduzir a interferências externas que ocorrem nas linhas da CPTM a céu aberto, como por exemplo, enchentes e descargas atmosféricas.
Além disso, seria uma ótima oportunidade da cidade ter uma avenida com amplos espaços para a mobilidade ativa e o transporte coletivo, e com uso inteligente do solo, com moradias e postos de trabalho.
A ideia parece boa né? Mas atualmente não há prazos para sua execução.
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