A Alstom segue instalando no Metrô de São Paulo o sistema CBTC (por sua sigla do inglês Communications-Based Train Control), em português sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, tecnologia que controla as composições, que entre várias funcionalidades, permite diminuir os intervalos, e por sua vez, colocar mais trens na operação.
A tecnologia já funciona na Linha 2-Verde e está sendo instalada nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Há inclusive testes de frotas como a H na linha que liga a Vila Prudente até a Vila Madalena. O gerenciamento também é usado nas linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 15-Prata, além de existir projetos para as linhas 8-Diamante, 10-Turquesa e 11-Coral da CPTM.
Uma das possibilidades que o CBTC abre caminho é a operação sem a presença de um condutor na frente da composição, como ocorre nos ramais 4 e 15. A publicação da Alstom evidencia que a tecnologia também poderá permitir a operação sem operador para as Linha 1, 2 e 3:
“Vamos levá-lo ao Brasil hoje para dar uma olhada em um vagão do metrô antes de chegar ao nosso cliente do Metrô de São Paulo. Para as Linhas 1, 2 e 3, somos responsáveis pelo fornecimento de 66 sistemas de Controle Automático de Trem (ATCs) e Controle de Trem por Comunicação (CBTC) #driverless” – diz a publicação.
Driverless em tradução simples do inglês para o português significa “sem condutor”. O termo é usado para operações em linhas de trem e metrô sem a presença do operador. Há também técnicos que afirmam que o termo pode ser usado para trens que “fazem tudo sozinho“.
Sem previsão
Apesar da nova funcionalidade permitir operações autônomas de certa forma, já que nas linhas 4 e 15 há a presença de funcionários das empresas, mas com uma função mais abrangente, a retirada dos operadores não é descrita nos planos da companhia, em relatórios ou comunicados. Ainda sim, o tema é polêmico e alvo constante do sindicato dos metroviários, entidade que representa a categoria.
Já na Linha 5-Lilás gerida pela ViaMobilidade, a adoção do sistema driverless poderá ser discutido após a instalação das portas de plataforma, conforme comunicado da empresa no ano passado ao site.
“A implantação do sistema driverless está condicionada à instalação das portas de plataforma, sob responsabilidade do Poder Concedente. Assuntos relacionados a esse tema serão tratados após a conclusão das obras”, disse a operadora em nota.