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Monotrilho

Não se pode atribuir atrasos no monotrilho com a escolha do meio de transporte

No final de década passada, o governo do Estado anunciava diversas linhas de monotrilho. O meio de transporte inédito em São Paulo era a promessa de acelerar a expansão do Metrô. Das quatro linhas anunciadas, apenas a 15-Prata e 17-Ouro saíram do papel, sendo que a última ainda não foi entregue, e o prazo de entrega para 2022 pode não mais ocorrer. As linhas 16-Prata e 18-Bronze acabaram suprimidas.

O processo de implantação das linhas foi demorado, mas em duas de suas paradas, a construção acabou destoando das demais. As estações Jardim Colonial e Morumbi acabaram tomando forma em tempo recorde.

Jardim Colonial

O Governador de São Paulo, João Doria, anunciou no dia 27 de maio de 2019 , o início das construções da estação Jardim Colonial, da Linha 15-Prata. Será a 11ª do monotrilho que liga a Vila Prudente em direção ao extremo leste da capital paulista.

Neste final de semana, o metrô já instalava os tetos da parada, e a estação já tinha a forma das demais, um ano e três meses após o início de sua construção.

Foto: Metrô

Morumbi

Já Morumbi acabou tendo obras construídas separadamente das demais da Linha 17. O então Governador Geraldo Alckmin anunciou no dia 16 de fevereiro de 2018 as obras. Neste final de semana, a parada já estava recebendo até comunicação visual. O local está quase pronto, 2 anos e meio após início dos trabalhos.

Foto: Metrô de São Paulo

Dissecando implantação do monotrilho em São Paulo

O fato das duas estações terem sido erguidas de certa forma rápidas, convida a uma análise mais criteriosa sobre a implantação dos trens aéreos em São Paulo. No caso de Morumbi, o processo de contratação da construtura foi separada das demais, e o projeto acabou sendo reformulado. Já as demais estações no trecho até o Aeroporto de Congonhas, suas construções estão paralisadas por decisão judicial. Há questionamentos de outra participante da concorrência, que acabou não sendo classificada.

Antes deste processo licitatório, uma outra empresa era responsável pelas construções e fabricação dos trens, mas o governo acabou rescindido o contrato após sucessivos atrasos.

O fato mostra que o processo construtivo em si, não é a causa da demora na inauguração do monotrilho, mas os tramites burocráticos, ou problemas de execução das obras.

O mesmo pode-se dizer com as construções da Linha 15-Prata. A existência de um córrego na Avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello acabou atrasando a execução dos trabalhos. Para completar, uma das construtoras acabou abandonando o canteiro de obras de 4 estações.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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