Deputados articulam a retirada da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU no pacote da reforma administrativa do governo de João Doria na Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
De acordo com o Diário do Transporte, duas emendas querem a retirada da gerenciadora do transporte intermunicipal do plano de reforma, e são movidas pela deputada estadual Mônica Seixas, da Bancada Ativista, e do deputado Márcio da Farmácia (PODEMOS).
Mônica não concorda que a EMTU é deficitária. “A empresa [EMTU] conta com aproximadamente 500 funcionários, com capital social na ordem de R$ 2.326.049.906,41 (dois bilhões, trezentos e vinte e seis milhões, quarenta e nove mil, novecentos e seis reais e quarenta e um centavos), é denominada de sociedade por ações, e não depende da Fazenda Estadual, pois a mesma tem capital próprio…A EMTU é uma empresa autossuficiente. As empresas de ônibus pagam várias taxas, como de fiscalização, vistoria de frota e outros serviços, que colocam a EMTU com custo zero para a população. A EMTU não custa nada para o Estado. A estrutura é enxuta.” – diz parte da justificativa da deputada.
O projeto precisa passar primeiro por três comissões, antes de ser votada pelos deputados. Seriam extintas outras empresas públicas, como a CDHU. Caso o projeto prospere, a ARTESP assumiria os trabalhos de gerenciamento do transporte intermunicipal nas regiões metropolitanas do estado.
Atualmente a Agência de Transporte do Estado de São Paulo executa atividades de gerenciamento de contratos de concessão de operação de rodovias, e na visão da atual gestão, “a junção da gestão dos contratos de concessão dos transportes de passageiro sem uma única entidade pode trazer racionalização dos trabalhos”.
Atualmente a EMTU gerencia linhas metropolitanas por ônibus na Grande São Paulo, na Baixada Santista, na região de Campinas, região de Sorocaba, no Vale do Paraíba e no Litoral Norte de São Paulo.