O Deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) acredita que o episódio da prisão do secretário licenciado dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, é uma oportunidade para retomada do finado projeto da Linha 18-Bronze do Monotrilho, que ligaria São Paulo à São Bernardo do Campo, passando por São Caetano do Sul e Santo André.
O estado formalizou a extinção de uma Parceira Público Privada – PPP que previa a instalação do trem aéreo nesta semana. A fala do deputado foi divulgada no jornal “Diário do Grande ABC“.
“Ele foi responsável por desfazer um ato jurídico perfeito (contrato assinado em 2014). Acredito que agora nós podemos pensar e voltar a sonhar em termos Metrô. Creio que o Baldy não volta (à secretaria), porque considero que ele não sai da prisão em tão pouco tempo. De alguma forma podemos retomar a proposta de ter o Metrô de volta. A questão não era termos um aliado (no governo), é não termos adversário forte e tão articulado como ele foi” – disse Teixeira.
O parlamentar só não imaginava que o titular licenciado da pasta dos transportes seria solto no dia seguinte à dua prisão. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, autorizou a soltura de Alexandre Baldy nesta sexta-feira (7).
Já o parlamentar deve insistir em uma audiência na Assembleia Legislativa para seguir com a discussão. “O Baldy foi grande responsável para peitar e tirar do Grande ABC essa conquista, de progresso e qualidade de vida à classe trabalhadora. Houve desfazimento do ato jurídico, mas, se formos analisar, ao Estado não interessa rescisão contratual. O custo disso há de ser elevado. E sabemos que as nossas vias já estão esgotadas para colocar outro transporte de superfície. Metrô, por outro lado, é necessidade. Chamamos audiência (na Assembleia Legislativa). Temos que aproveitar esse momento para propor que a região ainda possa ter Metrô”, afirmou Luiz Fernando.
A alegação do estado em trocar o monotrilho por um BRT seria o custo mais baixo do segundo meio de transporte.
Assessoria de Baldy vê como exagerada a prisão
“Alexandre Baldy tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão. Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou.
Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação.” – diz nota de sua assessoria.
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