O primeiro projeto de uma ferrovia de alta velocidade na Índia pode sofrer atrasos em sua conclusão. O novo eixo de 508 km vai ligar Mumbai a Ahmedabad, e tinha a promessa de ser entregue em dezembro de 2023.
A imprensa internacional menciona que diretor da National High-Speed Rail Corporation da Índia (NHSRCL), Achal Khare, vem enfrentando contratempos, incluindo o real receio de que o projeto provavelmente perca o prazo de conclusão e tenha custos mais altos.
Há paralisações nas frentes de trabalho, e até “fogo-amigo” de Uddhav Thackeray, o novo ministro-chefe do estado, que chegou a descrever o trem como um “elefante branco”.
A pandemia do novo coronavírus também ajuda a postergar o sonho de um serviço veloz, e o governo indiano proibiu a entrada de todos os estrangeiros no país, o que provavelmente afetará negativamente a implementação do projeto.
Outro problema diz respeito à diferença cada vez maior entre a rupia indiana e o iene japonês. Quando o contrato foi assinado em 2014, o valor do componente de empréstimo foi estimado em Rs 880 bilhões, mas estima-se que a queda no valor da rupia em relação ao iene tenha aumentado o custo do projeto em Rs 430 bilhões.
Se a rupia não se estabilizar, o governo indiano poderá acabar pagando substancialmente mais pelo reembolso do empréstimo, além dos pagamentos de juros ao governo japonês.