Recordar é viver

Mesmo com a modernização na SuperVia, Rio nunca mais teve 1 milhão de passageiros em trens

Em fevereiro deste ano, antes do início da pandemia do novo coronavírus, a SuperVia transportou uma média de 620 mil passageiros por dia. Esse volume as vezes chega até os 700 mil passageiros diários, mas houve um tempo em que o sistema de trens metropolitanos no Rio de Janeiro chegou a transportar mais de um milhão de usuários por dia útil, no ano de 1984.

Naquele mesmo ano foi fundada a Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, substituindo a então Diretoria de Transportes Metropolitanos da Rede Ferroviária Federal. A CBTU no Rio tinha a missão de modernizar e expandir e os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos.

Mas a falta de investimentos públicos fez com que algo impensável nos dias de hoje ocorresse: o sistema perdeu usuários ano a ano.

No relatório anual emitido pela CBTU do ano de 1986, a empresa atribuía as reduções aos seguintes motivos:

– Evasão crescente de passageiros que não pagavam a passagem;
– Indisponibilidade de frota;
– Aumento no intervalos para serviços de manutenção ocorrido no Ramal Deodoro;
– Furto de cabos que prejudicavam o sistema;

Havia ainda problemas de segurança e limpeza das estações e composições. Isto resultou na queda constante e brutal do número de passageiros, que em 1996 chegou a apenas 145 mil passageiros por dia.

Após novembro de 1998, quando a SuperVia assume os trabalhos em uma concessão por um período de 25 anos, renovados por mais 25 anos, o número de passageiros volta a crescer, mas nunca bateu o 1 milhão de antes, mesmo com investimentos contantes em reformas de estações, e aquisição de trens. O fato é narrado por Sergio Avelleda, em uma entrevista no canal do Via Trolebus no YouTube.

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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