No horário de vale não é raro o passageiro ter que aguardar junto com uma composição em estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, a passagem de um comboio cargueiro. A malha de 273 km de trilhos da operadora paulista está na rota de composições que transportam carga, do porto de Santos para o interior paulista e outros estados.
Os atrasos nas viagens do passageiros não é um fato recente. Em um relatório de administração datado de 1986, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU, operadora antecessora da CPTM nas linhas 7, 10, 11 e 12, a empresa que ainda resiste em outras cidades brasileiras, já mostrava o problema de compartilhamento com os trens cargueiros.
No relatório, a CBTU listava o problema como destaque. “Interferência da circulação de trens de carga com os de passageiros dos subúrbios”.
CBTU estudava construir terceira vias em trechos
O mesmo relatório mostra que a CBTU tinha planos de construir uma terceira via nos trechos entre Ribeirão Pires e Santo André e entre Pirituba e Francisco Morato. A via férrea auxiliar poderia mitigar as inferências dos cargueiros.
Ferroanel sem prazos
Não há qualquer perspectivas de obras para o Ferroanel, que diminuiria o fluxo de trens de cargas na malha da CPTM. A ultima notícia do projeto foi de janeiro de 2019, quando o Governador de São Paulo, João Doria, e o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinaram o protocolo de intenções para a construção do tramo Norte.
A ferrovia contaria com 53 km de extensão e interligaria estações em São Paulo e Itaquaquecetuba, em área próxima ao traçado do Rodoanel.
Segregação em São Paulo
A MRS Logística tem planos de segregação de vias, de acordo com o jornal Diário do Grande ABC. Seriam trilhos exclusivos em quase todo o percurso usado pelas linhas 7-Rubi e 10-Turquesa.
Fica de foram apenas o trecho central, de 8 km entre Barra Funda e Mooca.