A chegada de um trem de passageiros em Sorocaba é estudada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM. A informação é da própria operadora, em uma resposta na rede social. De acordo com a CPTM, é estudado reativar o trem a cargo da operadora privada, que assumirá a operação da linha, junto com a 9-Esmeralda:
Olá, Rodrigo. Temos estudos sendo feitos para levar o trem de passageiros da linha 8 até Sorocaba na concessão que será colocada aos investidores privados.
— CPTM (@CPTM_oficial) June 19, 2020
A mesma afirmação já havia sido feita pelo secretário licenciado dos transportes metropolitanos, Alexandre Baldy, em janeiro. Mas, nas minutas do edital de licitação da concessão dos serviços, não há qualquer menção do projeto de levar o serviço até a cidade.
Se sair do papel, o modelo de concessão seria semelhante ao da Linha 7-Rubi, onde é prevista a concessão casada com o Trem Intercidades entre a cidade de São Paulo e Campinas, passando por Jundiaí. Ou seja, o operador faz a gestão do trem metropolitano e do Intercidades.
A ligação ferroviária entre a capital e Sorocaba já estava nos planos a médio e a longo prazo do governo, assim como o trem para São José dos Campos e Santos.
Trem parou em 1999
Foi no dia 16 de janeiro de 1999 em que o último trem partiu de São Paulo rumo ao interior do estado, passando por Sorocaba
De acordo com o site Estações Ferroviárias, a Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba.
A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA.
O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco 1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
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