Enquanto alguns países já ensaiam a abertura da economia, após o pico da pandemia, estados brasileiros estudam implantar o chamado lockdown, quando apenas pessoas que exercem funções em áreas consideradas essenciais, podem sair às ruas.
O distanciamento social ainda é a única arma eficaz capaz de barrar o avanço da COVID-19, já que não há vacina ou remédios contra o novo coronavírus.
Há bloqueio total na região metropolitana de São Luís, e a circulação de pessoas está condicionada apenas a realização de atividades básicas. O sistema de transporte foi reduzido em 50% na capital do Maranhão.
No Pará, que tem mais de 4.200 casos e mais de 340 mortes, o governador Helder Barbalho (MDB) disse que se o isolamento não ficasse próximo de 70%, o lockdown seria anunciado em grandes cidades, como na capital Belém.
Já no Rio, o governador Wilson Witzel já discute abertamente a possibilidade de decretar o lockdown. A recomendação, de acordo com o jornal O Globo, teria sido feita pelo comitê científico do estado.
O Governo do Espirito Santo não descarta a medida se Grande Vitória passar de risco alto para extremo
Segundo o governo, descumprimento das normas de isolamento social por parte da população pode mudar classificação de risco para contaminação do coronavírus.
Já o governador do Ceará, Camillo Santana, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Claúdio, anunciaram que a capital do estado adotará o lockdown, com proibição da circulação de pessoas, a partir da próxima sexta-feira. As restrições, que valem até o dia 20, são semelhantes às determinadas na semana passada pelo Justiça para São Luís.
Pernambuco estuda também aplicar a restrição. De acordo com autoridades sanitárias do Estado, o governo já pediu apoio do Exército e apresentou a proposta à Assembleia Legislativa e ao Ministério da Saúde.
O prefeito Bruno Covas, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 06 de Maio de 2020, disse que a adoção de lockdown na cidade de São Paulo está em entre uma das opções estudadas no combate ao novo coronavírus. Covas, no entanto, afirmou que a medida seria uma das últimas alternativas, seguindo as orientações da Secretaria de Saúde.
“A prefeitura tem várias opções e a intenção não é impedir as atividades ainda mais. Os bloqueios não deram certo. Novas medidas devem ser anunciadas e o isolamento é um pedido da equipe. O lockdown também está entre estas opções” – diz o prefeito.
No Brasil já foram registrados mais de 110 mil casos da doença, com 7.485 mortes e 45.815 pessoas que se recuperar da enfermidade.