Atualmente, três sistemas brasileiros de trólebus são operados. Este tipo de veículo está presente em São Paulo, Santos, e em um sistema intermunicipal, no corredor de ônibus que interliga São Paulo, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema.
Mas pelo menos seis cidades operaram os elétricos. Confira:
Recife
A capital do estado de Pernambuco teve os ônibus elétricos implantados em 1960. A frota inicial era composta de 65 veículos do tipo Marmon Herrington, procedentes dos Estados Unidos. O sistema se expandiu atingindo sua extensão máxima, com cerca de 100 km de rede elétrica, distribuídos em 20 linhas e uma frota de 140 veículos.
Já na década de 70, a frota estava sendo reduzida, contando com 50 veículos operacionais, devido a dificuldade em se manter os veículos estrangeiros, prejudicando a operação das linhas e ocasionando abandono de parte da rede elétrica (apenas 57 km de rede estavam em operação, num total de 7 linhas).
Em 2001, já privatizado, haviam apenas 31 trólebus em operação, num total de 3 linhas. O sistema foi desativado no final de 2001.
Belo Horizonte
O Trólebus de Belo Horizonte operou entre 1953 e 1969, quando foi desativado e seus veículos e equipamentos vendidos para a cidade de Recife. Em 1986 ocorreu uma tentativa de se reativar o sistema, com novos veículos adquiridos e parte da rede elétrica instalada. O projeto acabou cancelado por um suposto desvio de recursos obtidos junto ao Banco Mundial e os veículos e demais equipamentos vendidos para a cidade de Rosário, Argentina, e outros foram adquiridos por São Paulo, que operaram na capital paulista pela Eletrobus, e depois foram para o corredor São Mateus-Jabaquara, que rodam até hoje.
Rio de Janeiro
O Trólebus do Rio de Janeiro foi um dos maiores sistema de transporte público por trólebus do Brasil (até sua extinção), com 297 quilômetros de extensão. Inaugurado em 3 de setembro de 1962, aproveitou-se da infraestrutura existente da rede de bondes da cidade do Rio de Janeiro que se encontrava em vias de extinção. Foi desativado em abril de 1971. Seus veículos foram convertidos para tração diesel, porém o resultado foi insatisfatório e a frota acabou sucateada no final dos anos 1970.
Araraquara
O Trólebus de Araraquara foi o primeiro sistema de transporte público da cidade homônima, inaugurado em 27 de dezembro de 1959. Ampliado até a década de 1970, atingiu seu auge em 1986 quando alcançou 118,3 quilômetros de extensão.
Problemas econômicos e a falta de incentivos fiscais causaram a desativação do último trólebus, às vésperas de completar 41 anos, em 11 de novembro de 2000.
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto em 1980, cria a Transerp, uma empresa de economia mista. A inauguração ocorre em 30 de abril de 1982, na linha 207, Presidente Dutra, que liga sede da Transerp ao centro da cidade. O sistema de trólebus de Ribeirão Preto encerra durante a primeira hora do dia 3 de julho de 1999.
Porto Alegre
Ao longo da década de 1950 foi projetado o serviço de trólebus para auxiliar o serviço de bondes, porém somente foi iniciada a operação na década seguinte. Em sua extensão máxima, o percurso dos trólebus atingiu apenas 10 km de rede elétrica e em cinco anos de funcionamento.
Teve problemas de adaptação da voltagem da rede elétrica e também porque os veículos tinham defeitos nos freios. Em maio de 1969 circularam os últimos trólebus, tendo cinco dos veículos ainda em bom estado, sido vendidos para Araraquara e os quatro restantes como sucata.
Outras cidades: Rio Claro, Niterói, Fortaleza, Campos dos Goytacazes
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