A pandemia de Covid-19 afeta diretamente o transporte coletivo. Por serem locais de aglomerações, os ônibus, metrôs e trens devem ser constantemente higienizados e desinfetados. As cidades estão tomando diferentes medidas para promover essas limpezas, com soluções muito criativas e tecnológicas.
Vem de Hong Kong uma das mais impressionantes. A cidade está utilizando robôs para fazer a desinfecção das estações de metrô. O aparelho higieniza as superfícies soltando uma solução de água oxigenada, que penetra em locais de difícil acesso. Por isso, os robôs agem depois dos funcionários executarem uma limpeza prévia. Porém, o gasto com essa solução é assustador, já que cada robô de limpeza custa 129 mil dólares.
Na China foram instalados dispositivos com sensores infravermelhos em aeroportos e ferrovias. Funcionando como uma espécie de câmera, o aparelho indica passageiros que estão com a temperatura corporal elevada. No caso de uma ocorrência, a pessoa é proibida de usar o transporte e passa por uma triagem médica.
Outra medida adotada pelo governo chinês também vem se espalhando pelo mundo: o uso de aplicativos de celular com QR Codes, que mostram o histórico de saúde da pessoa e quem são os possíveis infectados. Para ser liberado a utilizar o transporte público, é preciso escanear o código e se mostrar saudável.
O metrô de São Paulo também está apostando na tecnologia. Em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, a Secretaria de Transporte Metropolitano está testando um equipamento que higieniza os trens através de luz ultravioleta. Neste método, a desinfecção pode chegar até a 100%.
No Rio de Janeiro, a prefeitura está instalando cabines de desinfecção nas estações de metrô. Quem passa por dentro dela, é atingido por uma substância química que não afeta a pele e os olhos e é eficaz na proteção contra vários tipos de vírus. Além disso, o composto pode permanecer na roupa por até 5 horas. Também no Rio, o VLT adotou uma medida simples, mas muito eficaz: as portas do veículo estão abrindo automaticamente, sem a necessidade de apertar o botão.
De acordo com Joana Dias, editora de saúde do ReviewBox.com.br, mesmo que as medidas tecnológicas estejam evoluindo bem, é essencial não esquecer dos cuidados mais básicos de higiene e prevenção, pois mesmo se o ônibus, metrô ou trem estiver adotando todas as medidas possíveis de desinfecção, ainda há muito contato humano.
Por esse motivo, muitas empresas de transporte estão disponibilizando álcool em gel para funcionários e passageiros e alguns governos estão tornando obrigatório o uso de máscaras, não apenas no transporte coletivo. Mesmo sendo ações simples, elas vem se provando eficazes para amenizar a propagação da doença que está mudando o planeta inteiro.