A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade e Transportes e a SPTrans, promoveu uma roda de conversa intitulada “Ponto final ao abuso sexual nos ônibus de São Paulo”. O objetivo do encontro foi dialogar sobre as ações em curso e questões legais, além de identificar e propor novos caminhos para dar um Ponto Final ao Abuso Sexual.
O evento contou com a presença de autoridades, representantes de organizações sociais e do poder judiciário. Na capital paulista, 56% dos passageiros que se deslocam nos ônibus são mulheres.
Foram expostas informações importantes como dados preliminares de uma pesquisa que apontou que 63% das mulheres já sofreram algum tipo de abuso, sendo que 43% foi dentro dos transportes.
Foi analisado também que as vítimas tomam consciência quando a sociedade passa a debater sobre o tema, ou seja, é importante campanhas de conscientização permanentes. A SPTrans divulga frequentemente campanhas de conscientização no jornal do ônibus e posts nas redes sociais.
Treinamento
As empresas de ônibus de São Paulo promovem treinamento para atendimentos às vítimas de abuso nos deslocamentos. Os treinamentos foram intensificados em 2017, e os motoristas são orientados a levar o ônibus com a vítima, as testemunhas e se possível o agressor, até a delegacia.
A chefe de gabinete da SPTrans, Luciana Durand, disse ainda que câmeras de monitoramento serão instaladas nos veículos.
“As mulheres não devem ter vergonha. Tem que parar o ônibus e ir para a delegacia para eles [assediadores] saírem de circulação e a gente por um ponto final no assédio sexual”, afirmou o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram.
Mulheres podem descer fora do ponto em certos horários
Uma lei sancionada pelo governador João Doria (PSDB) em 2019, passou a permitir que mulheres, idosos e pessoas com deficiência desembarquem, entre 22h e 5h, fora dos pontos de ônibus intermunicipais nas regiões metropolitanas do estado de São Paulo. A medida já vale para os ônibus municipais.